A Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa) está testando a utilização de um drone – equipamento aéreo não tripulado que pode filmar e fotografar – para mapear áreas com maiores índices de infestação predial. O secretário da pasta, Oteniel Almeida, diz que o trabalho está em fase de teste, sendo usado, até o momento, uma única vez.
De acordo com Almeida, o uso da ferramenta é resultado de uma parceria com a Empresa Brasileira Agropecuária (Embrapa), que também cedeu uma pessoa para controlar o aparelho. “Está na fase de teste. O drone levantou algumas áreas apenas, mas é provável que na próxima semana ele comece a operar”, acrescenta.
O secretário explica que, com a captura de imagens das casas e terrenos, será possível atuar de forma mais direcionada no combate à proliferação do Aedes aegypti, mosquito que transmite doenças como dengue, chikungunya e zika.
“Ele sobrevoa uma área e mapeia as casas que estão com foco ou tem recipientes que possam acumular água, como piscinas, caixas d’água destampadas, garrafas ou pneus. Com isso, a equipe de agentes já chega no local com a imagem para fazer a vistoria. A ideia é focar nas residências onde têm maior incidência”, acrescenta.
Segundo a Vigilância Epidemiológica Municipal, os bairros da capital com maior índice de infestação do mosquito são: Oscar Passos, Seis de Agosto, Chico Mendes, Loteamento Altamira, Adalberto Aragão, Nova Conquista, Wanderley Dantas, São João, Jardim Brasil, Distrito Industrial, Santa Cecília, Vitória, Cidade Nova, Base, Eldorado, São Francisco, Morada do Sol e Parque das Primaveras.
Dengue, chikungunya e zika no Acre – Dados da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) mostraram que, em janeiro deste ano, as suspeitas de dengue aumentaram 180% em relação ao mesmo período de 2015. Conforme o boletim epidemiológico, divulgado no último dia 12, as notificações da doença passaram de 319, no ano passado, para 895.
As suspeitas de febre chikungunya também sofreram aumento. A quantidade de registros de janeiro deste ano – 99, no total – superaram todas as notificações do ano anterior – 56 suspeitas entre fevereiro e dezembro de 2015.
Já em relação à zika, no estado, foram notificados 106 casos suspeitos da doença entre novembro de 2015 e janeiro de 2016. Todos seguem em investigação epidemiológica e laboratorial, segundo o boletim. Até o momento, não há nenhuma confirmação.
Em visita ao Acre, no sábado (13), dia de mobilização nacional contra o Aedes aegypti, o ministro da Cultura, Juca Ferreira, defendeu a opção de aborto em caso de fetos com microcefalia. “Não podemos obrigar uma mãe a ter um filho com microcefalia”, declarou.
A ação do governo federal contou com 1,5 mil militares do Exército atuando de forma educativa em quase todo o Acre. Na capital acreana, conforme a Secretaria Municipal de Saúde, além de 400 militares, 270 agentes de endemias, 687 agentes comunitários devem auxiliar também no trabalho. Além desses, Rio Branco também conta 80 bombeiros. (Fonte: G1)