Agência anuncia doação de máquina para esterilizar Aedes no Brasil

A Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) anunciou nesta segunda-feira (22) que vai doar um equipamento para esterilizar no Brasil mosquitos Aedes aegypti – transmissor da dengue, da chikungunya e do vírus da zika, ligado à microcefalia. Com custo próximo a 500 mil euros (cerca de R$ 2 milhões), a máquina deve ser importada de Portugal e chegar ao país no segundo semestre deste ano.

O objetivo é soltar no meio-ambiente mosquitos que ficaram inférteis após receberam radiação gama. Como eles não podem se reproduzir, a estimativa é de que a população de Aedes apresente redução em quatro meses no Nordeste.

A entidade que vai receber a máquina é a organização social Moscamed, da Bahia. Desde 2005, ela já usa a técnica de irradiação para tentar eliminar a mosca da fruta na região. A expectativa é de que sejam produzidos 12 milhões de mosquitos machos estéreis por semana. Países como a Indonésia e a China também recorrem à tecnologia.

Ao todo, 12 especialistas e pesquisadores participaram da reunião da Aiea em Brasília. Citando o vírus da zika, a agência informou que “tenta responder rapidamente a todas as crises de emergência dessa natureza”.

Vacina contra dengue – Também nesta segunda-feira, foi iniciada a terceira fase de testes clínicos da vacina contra dengue. É a última etapa antes que a vacina possa ser submetida à avaliação da Anvisa para registro.

Esta fase deve começar com a vacinação de 1,2 mil voluntários pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP). A instituição é uma das 14 credenciadas para a realização dos testes clínicos no país. Ao todo, 17 mil voluntários de todo o Brasil devem receber a imunização.

A presidente Dilma Rousseff participou de uma solenidade no início da tarde desta segunda com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o ministro da Saúde, Marcelo Castro, para formalizar o repasse de R$ 100 milhões para os testes da fase 3. (Fonte: G1)