O nível de água do Sistema Cantareira registrou nova alta nesta sexta-feira (18) e opera com 62,9 % da sua capacidade, segundo dados divulgados pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Na quinta-feira (17), o manancial operava com 62,7 %. Considerando apenas o volume útil, que fica acima do volume morto, o sistema opera com 33,6% da capacidade.
Até o momento, o Cantareira já recebeu 154,3 mm de chuva, 86,6% do previsto para todo o mês. Em fevereiro, as represas do sistema receberam 236,4 mm, o equivalente a 16,7% acima do esperado para o período. Em 30 de dezembro de 2015, o Sistema Cantareira deixou a dependência do volume morto após 19 meses.
Além do Cantareira, o sistema Rio Claro tiveram alta. O Alto Tietê e Guarapiranga se mantiveram estáveis, e o Alto Cotia e o Rio Grande perderam água.
– Cantareira: 1.269 bilhões de litros (com o volume morto) e está com 62,9% da capacidade
– Alto Tietê: 573,8 bilhões de litros e está com 43,3% da capacidade
– Guarapiranga: 171,2 bilhões de litros e está com 87,6% da capacidade
– Alto Cotia: 16,5 bilhões de litros e está com 101,1% da capacidade
– Rio Grande: 112,2 bilhões de litros e está com 96,8% da capacidade
– Rio Claro: 13,7 bilhões de litros e está com 100,3% da capacidade
Índices – Após uma ação do Ministério Público (MP), aceita pela Justiça, a Sabesp passou a divulgar outros dois índices do Cantareira. O segundo está em 48,6% e considera o volume armazenado na capacidade total, incluída a área do volume morto. O terceiro índice leva em consideração o volume armazenado menos o volume morto na área total dos reservatórios e está em 33,6% na manhã de sexta-feira.
O Cantareira chegou a atender 9 milhões de pessoas só na Região Metropolitana de São Paulo, mas atualmente abastece 5,7 milhões por causa da crise hídrica que atingiu o estado em 2014. Os sistemas Guarapiranga e o Alto Tietê absorveram parte dos clientes, para aliviar a sobrecarga do Cantareira durante o período de estiagem.
Volume Morto – A reserva técnica começou a ser bombeada em maio de 2014. Na época, ainda havia água no volume útil. Em julho, porém, o sistema passou a operar somente com o volume morto. Especialistas ouvidos pelo G1, no entanto, alertam que o Cantareira ainda segue em crise porque não se recuperou totalmente. A Sabesp também informou que não descarta voltar a usar a reserva técnica no próximo período seco, com a chegada do inverno.
O fim da dependência da reserva técnica ocorreu antes do previsto pela Sabesp. A expectativa era de uso até o fim do verão, com probabilidade de 98% de o Cantareira sair do volume morto até abril.
A chuva acima da média nos últimos meses acelerou o processo e as represas acumularam mais água por causa da precipitação intensa e entrada de água no manancial. (Fonte: G1)