O presidente francês, François Hollande, ratificou nesta quarta-feira (15) o acordo sobre o clima assinado em dezembro do ano passado pelos 195 países que participaram da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP21), em Paris.
O texto tinha sido aprovado pelo parlamento francês há cerca de uma semana.
Agora, com a assinatura de Hollande, a França se converte no “primeiro país industrializado” – membro do G7 e do G20, de potências industrializadas e emergentes – a concluir o processo de adoção das medidas, afirmou a ministra do Meio Ambiente e presidente da COP21, Ségolène Royal.
A França foi o segundo país europeu a ratificar o acordo, depois da Hungria.
Até agora, 17 nações – principalmente as mais vulneráveis ao aumento do nível dos mares, como ilhas e países costeiros – já ratificaram o acordo.
“Assiná-lo é bom, ratificá-lo é melhor”, disse Hollande, lembrando que, para que o tratado entre em vigor, ele ainda deve ser adotado formalmente pelos 55 países que representam 55% das emissões de gases do efeito estufa.
Os Estados Unidos, o segundo maior emissor de gases do efeito estufa depois da China, ratificará o acordo em breve, declarou o secretário de Estado americano, John Kerry, durante uma visita à Noruega, onde o Parlamento também deu, na noite de terça-feira, luz verde para uma ratificação.
“Os Estados Unidos se unirá [à Noruega] em pouco tempo, neste ano, e juntos trabalharemos para que este acordo entre em vigor o antes possível”, disse Kerry em Oslo.
A luta contra as mudanças climáticas foi um dos assuntos abordados durante a visita do chefe da diplomacia americana ao país escandinavo, um dos principais produtores de hidrocarbonetos.
Ambos os países assinaram um acordo para reforçar a colaboração na luta global contra o desmatamento e, na quinta-feira, Kerry viajará ao arquipélago noruego de Svalbard, no círculo polar.
“Vamos ver com nossos próprios olhos os efeitos das mudanças climáticas no Ártico”, afirmou Kerry.
O acordo adotado em Paris por 195 países busca reduzir as emissões de gases do efeito estufa para conter o aquecimento global “muito abaixo de 2ºC” e, se possível, abaixo de 1,5ºC, em relação aos níveis da era pré-industrial. (Fonte: G1)