O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, alertou neste sábado que os efeitos da mudança climática já estão sendo notados nos parques nacionais americanos, uma das principais atrações turísticas do país e essenciais para a sobrevivência de muitas espécies de animais e vegetais.
Em visita ao parque nacional de Yosemite (Califórnia), um dos mais populares do país, Obama afirmou que a mudança climática é o “maior desafio” enfrentado por essas reservas naturais.
“Não se equivoquem, a mudança climática já não é só uma ameaça, é uma realidade”, disse o presidente na ponte Sentinel, um dos pontos mais conhecidos do parque, em frente a uma das cataratas mais altas do mundo, a Lower Yosemite Falls, com uma queda de 740 metros.
“Aqui, em Yosemite, os riachos estão secando, as áreas biogeográficas dos pássaros estão se deslocando para o norte, os mamíferos alpinos estão escalando cada vez mais para escapar das altas temperaturas. A maior geleira de Yosemite chegou a ocupar uma milha (1,6 quilômetro) e agora desapareceu”, completou Obama.
O presidente também lembrou que as temporadas de incêndio no país estão cada vez mais longas e que o aumento do nível do mar pode até destruir o parque nacional de Everglades, na Flórida, e inclusive “ameaçar” a Estátua da Liberdade, em Nova York.
“A ideia que esses lugares se percam para sempre é preciso levar a sério”, defendeu Obama.
Segundo a Casa Branca, em 2015, mais de 305 milhões de pessoas visitaram os parques nacionais do país, um número recorde, e gastaram US$ 16,9 bilhões nas comunidades locais próximas.
Obama e sua família visitaram na sexta-feira outro parque nacional, as Cavernas de Carlsbad, no Novo México, e passaram hoje o dia em Yosemite para comemorar o centenário da criação do Serviço de Parques Nacionais, que será realizada em agosto.
Durante a visita, Obama participou também da gravação de um vídeo em realidade virtual, o primeiro no qual aparece um presidente americano, em um projeto da National Geographic que será divulgado em agosto devido à data comemorativa, de acordo com a Casa Branca. (Fonte: G1)