O ano de 2015 entrou para a história com o recorde de número de assassinatos de ativistas ambientais no mundo, de acordo com um relatório divulgado na semana passada pela ONG Global Witness.
No ano passado, foram registrados 185 homicídios em 16 países, sendo que o Brasil lidera a lista, com 50 casos, seguido pelas Filipinas (33), pela Colômbia (26), Peru (12), Nicarágua (12) e República Democrática do Congo (11). A maioria das mortes está relacionada a lutas contra projetos de exploração de minérios (42). Em segundo lugar, vem o ativismo contra o lobby do agronegócio (20) e contra a construção de barragens (15) e desmatamentos (15).
Em 2015, cerca de 40% dos ativistas mortos faziam parte de grupos indígenas. A Global Witness calcula que 16 assassinatos foram cometidos por grupos paramilitares, 13 pelo Exército, 11 pela polícia e 11 por agentes particulares. “É provável que o balanço real das vítimas seja muito maior, já que vários homicídios ocorrem em zonas remotas ou em florestas profundas”, disse a ONG. “Para cada crime que documentamos, outros podem ocorrer e nunca serem divulgados”. A Global Witness foi criada em 1993 com o objetivo de averiguar vínculos entre a exploração de recursos naturais e conflitos, pobreza, corrupção e abusos de direitos humanos em todo o mundo.
De acordo com a ONG, nos últimos 10 anos, triplicou o número de mortes de ativistas ambientais. Foram 147 assassinatos em 2012, contra 51 em 2002. (Fonte: Terra)