O secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, José Pedro de Oliveira, participará, a partir desta quinta-feira (1º/9), do Congresso Mundial para Conservação, que será realizado entre os dias 1º e 10 de setembro no Havaí, Estados Unidos, promovido pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN). Na agenda do MMA, dentro da programação do evento, destaca-se a apresentação da campanha para a criação do Santuário de Baleias do Atlântico Sul, que foi lançada, no Rio de Janeiro, pelo ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, durante as Olimpíadas Rio 2016.
O MMA estará presente no Pavilhão Floresta, onde serão discutidos projetos bem sucedidos de governos, empresas e comunidades de todo o mundo para a proteção de florestas e a forma de promovê-los. O Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), voltado para viabilizar modelos inovadores de gestão nas áreas protegidas do bioma, terá ênfase na participação brasileira. Em outro momento, o secretário José Pedro de Oliveira falará sobre as ações de restauração de florestas no país, prevista no Acordo de Paris, sobre mudança do clima e o novo Código Florestal no Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Planaveg), elaborado pelo Ministério do Meio Ambiente.
Santuário – O diretor do Departamento de Espécies do MMA, Ugo Vercillo, adiantou que, durante o congresso mundial, o ministério quer “sensibilizar e intensificar o alcance da campanha para conseguir os votos necessários à criação do Santuário de Baleias do Atlântico Sul”.
A Comissão Internacional Baleeira se reunirá, em outubro, na Eslovênia. A iniciativa brasileira depende de ¾ dos votos favoráveis dos membros da comissão. Na última reunião da CIB (os encontros são bienais), faltaram somente quatro. Vercillo adiantou que nesta quinta-feira (1º/9) será apresentado um vídeo sobre a campanha no Pavilhão Espécies.
No mesmo dia, a Secretaria de Biodiversidade e Florestas apresentará o projeto de criação de Corredores Ecológicos no Brasil. Essa proposta envolve áreas que unem os fragmentos florestais ou unidades de conservação, separados por interferência humana, como estradas, agricultura e atividade madeireira. O objetivo da iniciativa, que prevê a parceria com países vizinhos, é permitir o livre deslocamento de animais, a dispersão de sementes e o aumento da cobertura vegetal, minimizando os efeitos negativos.
Desafios – Realizado a cada quatro anos, o congresso reunirá cerca de 8 mil líderes mundiais e representantes de governos, comunidade científica, universidades, ONGs, povos indígenas e tradicionais, empresas e conservacionistas de todo o mundo. O objetivo é unir esforços e promover questões fundamentais e mais urgentes sobre os desafios de sustentabilidade, além de alternativas viáveis para a conservação da natureza definindo uma agenda de propostas e ações até 2020.
O Congresso abordará temas como áreas protegidas, capital natural, compensações de biodiversidade, governança dos oceanos, expansão da produção do óleo de palmeira e ecoturismo.
Além da agenda geral do evento, o World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), em parceria com a IUCN, está desenvolvendo uma agenda para negócios – em forma de workshops, cafés e debates – e que tratará de temas como o Protocolo de Capital Natural e suas aplicações, soluções de infraestrutura natural para negócios, inserção de relatoria de biodiversidade no contexto dos negócios. (Fonte: MMA)