O meio ambiente no cinema vive o seu auge e se consolida praticamente como um gênero cinematográfico, já que conta com dezenas de festivais dedicados ao tema ao redor do mundo, como a Muestra de Cine Medioambiental Dominicana (DREFF), concurso internacional, que abre as portas de sua 5ª edição que segue até domingo em 11 cidades da República Dominicana.
A combinação de cinema e meio ambiente é um exemplo de didática e sistema de conscientização eficaz que conta cada vez com mais adeptos e que vai além de mero ativismo. Prova disso é que existe até mesmo um prêmio internacional oferecido pela Green Film Network (GFN), rede que reúne 30 festivais com essa temática em todo o mundo.
Este ano, a DREFF é a anfitriã da cerimônia de entrega da 3ª edição do prêmio o que, além de constituir uma grande homenagem para a República Dominicana, representa um verdadeiro incentivo para os organizadores da mostra.
Um exemplo da tendência do “cinema verde” é a evolução experimentada por este festival, que começou em 2011 com 2 mil espectadores e que no ano passado conseguiu atrair 10 mil pessoas, de acordo com a diretora do evento, Natasha Despotovic.
“Para nós, é muito importante usar o cinema como meio educativo para conscientizar e propiciar melhores políticas públicas, maior ação social e atuações por parte do setor privado. A evolução é vista em muitos níveis”, disse Natasha á Agência Efe.
Além das produções locais, o público tem a possibilidade de ver filmes feitos em mais de dez países, incluindo a produção brasileira “Bienvenido a la tierra” (2013), do diretor José Alberto Saborit.
A abertura do festival no Palácio do Cinema no shopping Ágora Mall representa uma aposta pela sustentabilidade, com o reconhecimento especial da ONG Fashion Revolution por seu árduo trabalho em prol de uma indústria mais transparente, solidária e respeitosa com o ser humano e com o meio ambiente.
No total, 40 convidados internacionais, como o diretor alemão Valentin Thurn e o diretor canadense Suzanne Crocker, o artista americano Michael Premo, assim como o diretor da Fundação Ecológica Punta Cana, Jake Kheel.
Além da exibição dos filmes, estão programados painéis, oficinas, seminários e atividades para promover o diálogo e a troca de conhecimentos e experiências que contribuam à apreciação, conservação e uso sustentável dos recursos ambientais.
Entre as atividades, a diretora do festival destacou a realização de um encontro por ocasião dos 30 anos da criação do Santuário dos Mamíferos Marinhos, na Baía de Samaná, o primeiro do mundo, que permitirá a troca de experiências entre fundadores, especialistas, cientistas e representantes do Ministério do Meio Ambiente.
Mais de 70 instituições públicas, particulares e ONGs participam desta iniciativa da Global Foundation for Democracy and Development e da Fundación Global Democracia y Desarrollo que, com mais de 140 projeções gratuitas de 45 filmes em 30 locais diferentes, a agenda mais verde da República Dominicana. (Fonte: Terra)