Uma planta que vive na sombra conseguiu se adaptar às condições de pouca luz do ambiente usando o brilho azul de suas folhas para manipular a fotossíntese, de acordo com um estudo publicado na Nature.
A fotossíntese é o processo realizado pelas plantas para a produção de energia necessária para sua sobrevivência, e a luz é um elemento fundamental nesse processo.
Os pesquisadores analisaram como era a vida da Begonia pavonina, uma planta encontrada sob as copas grossas de árvores da floresta tropical da Malásia. Para se manter viva mesmo sem receber a luz do Sol, a planta mudar o funcionamento da fotossíntese.
O cloroplasto (organela onde a fotossíntese ocorre) das begônias se adaptou às sombras e se tornou incomum. Diferentemente da maioria das plantas, ele refletia uma cor azul brilhante, e não verde. Estes cloroplastos azuis foram chamados de iridoplastos e refletiam fortemente as ondas de luz recebidas.
Mesmo sem muito contato com o Sol nas florestas da Malásia, a planta consegue usar os iridoplastos para concentrar as ondas de luz e aumentar a eficiência da fotossíntese em 10%.
Os autores concluíram que, embora os cloroplastos sejam comumente vistos como estruturas que só convertem a luz em energia química para sobrevivências das plantas, eles também devem ser considerados estruturas que controlam a propagação da luz e a captura da luz. (Fonte: UOL)