Para salvar a nascente do Igarapé Santo Amaro, em Rio Branco, a ONG Garis Natureza (GarisNat) e ao menos 200 acadêmicos de direito plantaram 600 mudas de plantas de espécies variadas em uma das margens do manancial, na manhã de sábado (29). De acordo com a ONG, o objetivo é evitar a erosão das margens e elevar o nível de árvores na cidade.
“Queremos um mundo mais justo, sustentável e com conforto ambiental. Infelizmente, o crescimento desordenado da cidade acarretou a derrubada de muitas árvores e as nascentes ficam sufocadas. Além disso, é uma situação pedagógica, pois ensinamos a fazer o plantio da maneira correta pensando nas crianças do futuro”, destaca Lucinéia Wertz, presidente da GarisNat.
Lucinéia relata que inicialmente a meta era plantar 1,2 mil plantas, mas ela e os voluntários enfrentaram dificuldades na hora de limpar às margens devido ao lixo acumulado. Segundo ela, no local eles encontraram assentos de vaso sanitário, sofás e garrafas.
“Nós enchemos uns seis sacos só de garrafas PET, entre outros objetos de plástico como canudinhos e embalagens de bombons. Também retiramos vários tapetes de carro. Ficamos surpresos e até chocados com a quantidade de lixo que encontramos. Infelizmente o mundo está dessa maneira, enfrentando tantos problemas como a falta de água, devido a nossas próprias ações”, lamenta.
As outras 600 mudas devem ser plantadas em janeiro de 2017. Lucinéia destaca que a ONG deve fazer ações educativas na região onde fica o igarapé para conscientizar moradores, estudantes e instituições próxima da área.
“Vamos bater de porta em porta, pois a educação ambiental é muito importante. Vamos explicar a situação e mostrar os malefícios de jogar lixo pela janela, de não separar os tipos de lixo, entre outras necessidades. Sabemos que muitos vão bater a porta na nossa cara, mas vamos continuar com as ações”, ressalta.
Nos próximos meses a ONG planeja plantar ao menos 10 mil mudas de árvores na capital. A maioria das plantas levadas para a ação deste sábado incluía palmeiras e outras espécies que geralmente vivem mais próximas de locais com água.
“Essa é uma ação contínua e que merece a ação de todos. Fundamentalmente, queremos que essa rede de ações supra o déficit de árvores às margens de igarapés e rios. Pois, da forma como está hoje, nesse momento em que apenas tiramos as riquezas naturais e não conservamos o meio ambiente, os mananciais ficam cada vez mais secos e enfrentamos mais problemas”, finaliza. (Fonte: G1)