A China prepara a construção de um observatório astronômico no ponto mais elevado da mesa antártica, revelou nesta quarta-feira (2) a agência oficial “Xinhua”, coincidindo com o início da 33ª expedição da equipe chinesa ao sexto continente.
O país enviou astrônomos à região todos os anos desde 2007 com o objetivo de construir um observatório no Domo A, cerca de 1.200 quilômetros do litoral mais próximo e cujo ponto mais alto chega a cerca de 4.093 metros sobre o nível do mar.
A primeira expedição chinesa que o visitou foi em 2005 e em 2007 a China construiu uma estação, Kunlun, cerca de 7,3 quilômetros de distância do Domo A, onde esteve realizando os preparativos para o futuro centro de observação.
Nesta nova expedição, que partiu hoje desde a metrópole de Xangai, os quatro astrônomos que viajam no navio quebra-gelo de exploração científica “Xuelong” (“Dragão de neve”, em mandarim) têm uma centena de projetos previstos para os cinco meses e meio de viagem, apesar de só terem 20 dias para trabalhar na base de Kunlun, explicou um deles à agência oficial “Xinhua”.
Por enquanto, a China conta com uma base de observação astronômica automatizada no Domo A, e planeja levantar um telescópio de tipo HEAT (sigla em inglês de High Elevation Antarctic Terahertz), do qual não foram dados mais detalhes.
Não se trataria do primeiro construído no Polo Sul, pois desde 2012 pesquisadores americanos e australianos administram um pequeno observatório internacional que incorpora um HEAT no conhecido como Ridge A, a 4.053 metros sobre o nível do mar e considerado o melhor enclave para este tipo de pesquisas.
Com seus missões a esta fria região, China espera aumentar suas pesquisas astronômicas e lançar luz sobre a origem da matéria escura ou a vida extraterrestre. (Fonte: UOL)