Alguns corais do Caribe poderiam se adaptar às novas condições climáticas, segundo um estudo científico do Instituto Smithsonian de Pesquisas Tropicais (STRI), com sede no Panamá, divulgado nesta sexta-feira.
De acordo com o relatório, os cientistas do STRI consideram que os corais do grupo Orbicella “continuarão se adaptando às mudanças climáticas futuras devido à sua alta diversidade genética”.
“Ter muitas variantes genéticas é como comprar muitos bilhetes de loteria”, comentou Carlos Prada, autor principal do estudo.
Segundo os especialistas, durante um período de entre 3,5 e 2,5 milhões de anos, o número de todas as espécies de coral aumentou no Caribe.
Mas há entre 2 e 1,5 milhão de anos, quando a temperatura do mar caiu, o número de espécies de coral no Caribe teve uma queda vertiginosa, aponta o texto.
No entanto, a Orbicella foi capaz de se recuperar, o que revela sua alta capacidade de adaptação.
“É provável que sobreviver nestes tempos difíceis fez com que estas populações de corais se tornassem mais fortes e sejam capazes de persistir nas futuras mudanças climáticas”, comentou Michael DeGiorgio, professor de biologia na Universidade Estadual da Pensilvânia.
A equipe de cientistas coletou fósseis antigos de recifes de coral no Panamá e usou métodos de datação geológica de alta resolução para determinar suas idades.
Ao comparar espécies de corais fossilizados em distintos momentos, comprovaram que um dos grupos melhor representados nas coleções de fósseis foram as espécies do gênero Orbicella.
“Descobrimos que inclusive um pequeno número de indivíduos em três espécies diferentes do gênero Orbicella que constrói recifes de coral têm bastante variação genética e, portanto, é provável que se adaptem a grandes mudanças em seu entorno”, disse Prada. (Fonte: UOL)