O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou no sábado (27) que “na próxima semana” decidirá se o país deve continuar a fazer parte do acordo climático de Paris.
Trump, que está reunido com os demais líderes do G7 na cúpula realizada pelo grupo na cidade italiana de Taormina, fez esse anúncio por intermédio de sua conta no Twitter.
“Tomarei a minha decisão final sobre o Acordo de Paris na próxima semana”, tuitou o governante americano, sem oferecer mais detalhes.
Durante a campanha eleitoral no ano passado, Trump criticou duramente o Acordo de Paris e a mudança climática, fenômeno que chegou a classificar como “invenção” dos chineses, e já como presidente decidiu iniciar um processo para analisar se os EUA continuarão como parte do pacto.
De acordo com a Casa Branca, Donald Trump queria escutar os demais líderes na cúpula antes de tomar uma decisão a respeito do assunto.
A postura do presidente americano sobre o Acordo de Paris está “evoluindo”, e Trump quis deixar claro no encontro que a proteção do meio ambiente é “muito importante” para ele, segundo disse aos jornalistas na sexta-feira o principal assessor econômico da Casa Branca, Gary Cohn.
“Ele (Trump) está pensando em quais são as suas opções, se sente muito melhor informado do tema graças às conversas com os parceiros, nas quais escutou minuciosamente” os argumentos, especialmente dos europeus, a favor do pacto climático, disse o assessor.
O presidente “veio aqui para aprender”, disse Cohn, enquanto o principal assessor de segurança nacional da Casa Branca, o tenente general H.R. McMaster, ressaltou que Trump tomará a decisão sobre o Acordo de Paris que considerar “melhor” para o povo americano.
Na declaração final ao termo da cúpula, os líderes de Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, assim como a União Europeia, preveem esperar a decisão de Washington.
“Dirão que os sete (menos os Estados Unidos) estão prontos para implementar o Acordo de Paris e que deixam um tempo para que o governo americano tome uma decisão”, informaram fontes próximas às negociações. (Fonte: Terra)