O espetáculo dura em torno de 10 a 15 dias, mas é o suficiente para mudar o cenário do Centro Histórico e dos bairros de Petrópolis, na Região Serrana do Rio. Uma vez por ano, a cidade é coberta pela beleza das cerejeiras.
A paisagista e gestora ambiental, Patrícia Assis, afirma que a árvore, originária do Japão, precisa de pelo menos 800 horas de frio rigoroso e chuva para florescer. Por isso, quem passa pelos principais pontos turísticos da cidade, como o Palácio Quitandinha, Museu Imperial e Palácio de Cristal, pode se sentir privilegiado por poder desfrutar de uma atração à parte.
“Em Petrópolis, o clima, principalmente no auge do inverno, e o índice alto de umidade contribuem para o crescimento dessas árvores”, disse a paisagista.
No Palácio Quitandinha, o fotógrafo Renan Piva parou para fazer um clique e postou a imagem em uma rede social, com a legenda: “Petrópolis: cidade ou pintura ambulante? Cerejeiras floridas hoje no Lago do Quitandinha, surreal!”.
A paisagista disse que a árvore representa beleza, esperança e renovação, e explicou ainda que, apesar da cerejeira ser símbolo do Japão, é muito utilizada no Brasil para fins decorativos.
“Por ficar tão pouco tempo florida, suas flores também representam a fragilidade da vida”, afirmou a paisagista.
Ainda de acordo com Patrícia, a cada ano aumenta o número de cerejeiras na cidade. “Por ser uma árvore de porte médio e por ter um florescimento rápido (em torno de um ano), acaba estimulando que as pessoas plantem até mesmo em suas casas”, afirmou.
O fotógrafo Everton Ferreira, de 24 anos, contou que estava passando pela Rua Alfredo Pachá, quando as cores da cerejeira chamaram sua atenção.
“Logo pensei em juntar a beleza do Palácio de Cristal com a da árvore. Acredito na combinação das cores e dos ângulos e gostei do resultado”, disse. (Fonte: G1)