Iniciativas brasileiras na área ambiental poderão concorrer ao Prêmio Ramsar para Conservação das Áreas Úmidas – ecossistemas na interface entre ambientes terrestres e aquáticos. Promovido pela Convenção de Ramsar, da qual o Brasil é signatário, o concurso recebe inscrições de projetos até o dia 30 de setembro. Os vencedores serão anunciados na 13ª Reunião das Partes da Convenção de Ramsar, que ocorrerá em outubro de 2018 em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
Serão três categorias e o ganhador de cada uma delas receberá o Prêmio Especial Evian, no valor de US$ 10 mil. As categorias são: uso racional das áreas úmidas – reconhecendo uma contribuição de longo prazo sobre o uso sustentável das áreas úmidas; inovação em áreas úmidas – reconhecendo técnicas de inovação que contribuíram para o uso racional das áreas úmidas; e jovens e as áreas úmidas – reconhecendo o trabalho de um jovem ou de um grupo de jovens com idade entre 18 e 30 anos que contribuíram para o uso racional das áreas úmidas.
As candidaturas devem ser submetidas em uma das três categorias por meio dos formulários de proposta disponibilizados pela Convenção. Depois de preenchida, a proposta deve ser enviada para o e-mail award@ramsar.org. Em caso de dúvidas, os interessados podem escrever para cnzu@mma.gov.br.
As regras do concurso proíbem, no entanto, a autocandidatura. Para concorrer, o projeto precisa ser indicado por uma instituição diferente da que o executou. As iniciativas vencedoras serão reconhecidas como exemplo para os países e instituições que trabalham com a conservação e o uso racional das áreas úmidas.
O Brasil é um dos 169 países signatários da Convenção de Ramsar, tratado estabelecido em 1971 com o objetivo de promover a cooperação para a conservação e o uso racional das áreas úmidas. No plano nacional, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) é o órgão central para a realização das medidas acordadas pela comunidade internacional nessa agenda.
Ao todo, 20 áreas úmidas brasileiras são reconhecidas internacionalmente como Sítio Ramsar. Entre elas, estão os parques nacionais marinhos dos Abrolhos, na Bahia, e de Fernando de Noronha, em Pernambuco. Sob esse status, as áreas passam a ser objeto de compromissos a serem cumpridos pelo país e, ao mesmo tempo, a ter acesso aos benefícios decorrentes dessa condição.
Diversas iniciativas brasileiras nesse tema já ganharam reconhecimento em premiações internacionais. Em 2016, o Brasil ficou em segundo lugar no Concurso de Fotos para Juventude do Dia Mundial das Áreas Úmidas. Em 2015, o país foi vencedor do mesmo concurso. Além disso, em 2011, a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, no Amazonas, foi a primeira colocada no Concurso para Gestão Sustentável de Sítios Ramsar nas Américas. (Fonte: MMA)