No mês em que completa 15 anos, o Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), anuncia o apoio a três novas unidades de conservação. São elas a Reserva Biológica do Guaporé e o Parque Nacional Pacaás Novos, em Rondônia, e o Parque Nacional do Monte Roraima, na tríplice fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana.
A decisão foi tomada pelo Comitê do Arpa nesta quinta-feira (10/08), em reunião ordinária no Ministério do Meio Ambiente. Dessa forma, o programa vai superar a meta de apoiar 60 milhões de hectares, com 60,7 milhões de hectares em 117 unidades de conservação. O comitê é formado pelo MMA, sociedade civil, doadores e gestores dos órgãos ambientais.
Com o apoio financeiro, as UCs poderão elaborar plano de manejo, realizar reuniões do conselho e providenciar proteção e aquisição de equipamentos para consolidação da proteção ambiental. Segundo o diretor do Departamento de Áreas Protegidas do MMA, Warwick Manfrinato, foram três meses intensos de tratativas no comitê. “Internalizamos a compreensão do Arpa entre os membros, da complexidade em que nos encontramos e da importância desse apoio tanto financeiro quanto de governança que faz o Arpa ser um programa muito importante para o governo”, disse.
O diretor ressaltou que a experiência obtida com o programa permite transferir os benefícios conquistados a áreas não atendidas pelo Arpa. “Definitivamente, precisamos expandir, até no sentido de transferir a tecnologia para outros biomas, inclusive para umas das regiões que o Brasil precisa proteger que é a região oceânica”, disse. Em setembro, o governo brasileiro participa do 4º Congresso Internacional de Áreas Marinhas Protegidas (Impac4), no Chile.
Nesta quinta-feira (10/08), também foi oficializado Acordo de Cooperação entre o estado de Roraima e o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) para a implementação das ações do Programa Arpa. Entre as ações, está a elaboração de estudos necessários à criação de seis novas unidades de conservação no estado.
Arpa – Coordenado pelo MMA e executado em parceria com agências de áreas de proteção federais e estaduais, instituições privadas e sociedade civil, o Arpa é gerenciado financeiramente pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e financiado com recursos do Global Environment Facility (GEF), do governo da Alemanha (KfW), da Rede WWF, Moore Foundation e do Fundo Amazônia, por meio do BNDES, além de empresas como a Anglo American, sempre podendo ser apoiado por outros parceiros interessados.
A consolidação do programa Arpa significa a implantação de uma estrutura mínima de gestão que garanta a integridade das unidades de conservação no curto prazo e viabilize o planejamento a médio prazo. Com isso, essas áreas podem cumprir as finalidades para as quais foram criadas. (Fonte: MMA)