As autoridades da Indonésia enviaram caminhões com ajudas de emergência, alimentos e máscaras para Bali, onde mais de 75.000 pessoas foram evacuadas de uma zona próxima ao vulcão Agung, que entrou em atividade.
O vulcão, que tem mais de 3.000 metros de altura e está situado a 75 km dos principais destinos turísticos de Kuta e Seminyak, tem mostrado atividade desde agosto passado, ameaçando entrar em erupção, algo que não acontecia desde 1963.
Na terça-feira por volta de meio-dia, “a quantidade de evacuados era de 75.673, distribuídos em 377 centros de evacuação em nove distritos”, declarou o porta-voz da agência de desastres naturais Sutopo Purwo Nugroho.
Os habitantes deslocados foram recebidos em abrigos temporários e em casas de parentes. Cerca de 62.000 pessoas moram na zona de perigo, segundo a agência, mas outros que vivem fora do perímetro de risco também deixaram suas casas por precaução.
“O número deve continuar aumentando”, acrescentou Nugroho.
Também foram deslocadas mais de 2.000 vacas.
“A possibilidade de ocorrer uma erupção é elevada, mas não é possível prever quando isto ocorrerá”, observou Nugroho.
O aumento da frequência dos tremores em torno do Agung indicam que o magma continua subindo para a superfície, e o vulcão entra em uma “fase crítica”, disse o funcionário.
Na segunda-feira foram registrados 564 tremores, segundo o Observatório indonésio de vulcanologia e riscos geológicos.
O nível de alerta máximo na ilha foi decretado na sexta-feira pelas autoridades, que recomendam que a população observe uma distância de ao menos nove quilômetros da cratera do vulcão, longe das zonas turísticas.
O presidente indonésio, Joko Widodo, visitou nesta terça-feira os centros de evacuação em Bali e prometeu que o governo faria todo o possível para minimizar as perdas econômicas.
Habitantes de Bali, organizações internacionais e o governo local começaram a enviar ajudas de emergência.
A última erupção do Agung foi em 1963. O vulcão soltou cinzas que chegaram até Jacarta, capital da ilha de Java, cerca de 1.000 km ao oeste. Várias erupções deixaram então 1.600 mortos.
Fonte: Istoe