No final de novembro, a Itaipu Binacional irá receber um fórum sobre a sustentabilidade do setor elétrico, no intuito de apresentar exemplos de boas práticas ambientais na área e defender a viabilidade de novos empreendimentos. O anúncio foi feito pelo diretor-geral brasileiro, Luiz Fernando Vianna, após uma reunião do conselho do Fórum de Meio Ambiente do Setor Elétrico (FMASE), realizada na usina esta semana.
“Vamos unir o FMASE, que congrega as associações do setor elétrico, e a Itaipu Binacional, a maior geradora de energia limpa do planeta, com seus programas ambientais”, resumiu Vianna. “Nossa intenção é mostrar que é possível produzir energia elétrica de forma sustentável, trazendo uma contrapartida positiva ao meio ambiente. Será uma oportunidade de mostrarmos algumas ações que Itaipu vem desenvolvendo ao longo dos anos”.
Segundo o presidente do FMASE, Enio Marcus Brandão Fonseca, que vai organizar o fórum em conjunto com a Itaipu, o evento vai facilitar a disseminação das boas práticas ambientais das associações e empresas, entre elas a própria Itaipu, por todo o setor elétrico. “Itaipu é uma referência no setor não só em relação à geração de energia, mas também pelas iniciativas de conservação do meio ambiente, desenvolvimento tecnológico e envolvimento com a sociedade, ações que trazem benefícios sociais enormes à região do entorno”, afirmou.
Os sete conselheiros do FMASE participaram de uma reunião de planejamento estratégico, no Edifício da Produção, na Itaipu. Durante a reunião, além de anunciar o fórum de novembro, o conselho avaliou o cenário da legislação ambiental no setor elétrico.
De acordo com o presidente do Fórum de Associações do Setor Elétrico (FASE), Mario Menel, a principal demanda do setor é agilizar o licenciamento ambiental para a criação de novos empreendimentos, como hidrelétricas e linhas de transmissão. “A nossa legislação ambiental é muito lenta, um licenciamento pode durar até 12 anos para ser aprovado. Temos que acelerar o licenciamento ambiental, mas sem perder a qualidade deste licenciamento”, afirmou.
Para Menel, há um entendimento equivocado de que as empresas de energia sejam prejudiciais ao meio ambiente. “Itaipu é um caso de sucesso: teve um impacto ambiental em sua construção, mas também teve as posteriores compensações. E hoje, as compensações são muito maiores que o impacto”, afirmou, se referindo às ações ambientais da empresa. “Queremos mostrar que, como acontece em Itaipu, é possível fazer uma hidrelétrica de grande porte e ter os resultados sob o ponto de vista socioambiental.”
Fonte: Canal energia