O furacão Nate perdeu força e foi rebaixado no início da manhã deste domingo (8) à categoria de tempestade tropical, após atingir os Estados Unidos. O fenômeno provocou alagamentos em cidades do estado americano do Mississippi, onde tocou o solo duas vezes, com rajadas de vento de 140 km/h, segundo o Centro Nacional de Furacões (NHC).
A previsão do NHC é de que Nate perca ainda mais força enquanto se dirige para o interior dos sul dos EUA, no estado do Tennessee. Segundo o centro, a tempestade tropical se desloca com ventos de 110 km/h. Quando ainda era uma tempestade tropical, o Nate deixou 26 mortos na América Central.
Nate chegou a cidade de Biloxi, no Golfo dos EUA, por volta das 2h (horário do Brasil) e provocou alagamentos na cidade, que está em alerta.
Nova Orleans, devastada em 2005 pelo furacão Katrina, que deixou centenas de mortos, decretou toque de recolher a partir das 18h locais, e também foram emitidas ordens de evacuação para algumas áreas. O nível de alerta foi reduzido poucas horas depois.
Passagem devastadora pela América Central
Costa Rica, Nicarágua e Hondura, países mais atingidos pelo Nate quando ainda era uma tempestade tropical, começavam a calcular os danos, no momento em que a chuva parecia dar uma trégua.
De acordo com a agência France Presse, o fenômeno deixou 26 mortos na América Central – 3 mortos na Nicarágua, 10 na Costa Rica e 3 em Honduras, segundo autoridades.
Na Costa Rica, equipes de socorro buscavam mais de 30 desaparecidos.
El Salvador registrou na sexta duas mortes em consequência do Nate: uma pessoa atingida por um deslizamento de terra e outra, arrastada por um rio.
Comunidades da Costa Rica e Nicarágua continuavam isoladas pela destruição de pontes, inundação de estradas, transbordamento de rios e deslizamentos de terra que destruíram casas e ruas.
Em Honduras, a área mais afetada foi o sul do país.
Temporada intensa
O sudeste dos Estados Unidos foi atingido duramente em agosto por dois furacões: o Harver, que deixou mais de 70 mortos, e o Irma, que atingiu a categoria 5 e provocou 12 mortes na Flórida.
Outra tormenta poderosa, o furação Maria, devastou parte do Caribe no fim de setembro, incluindo Dominica e Porto Rico.
Fonte: G1