A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) apresentou, nesta terça-feira (31/10), no Ministério do Meio Ambiente (MMA), os resultados socioambientais da Copa Verde, campeonato de futebol marcado por ações que estimulam a consciência ecológica. Disputada por equipes das regiões Norte e Centro-Oeste e do estado do Espírito Santo, a competição é acompanhada de atividades com consciência ecológica, como a reciclagem de materiais, concursos de redação com temas ambientais, aulas de futebol para crianças em situação de vulnerabilidade e compensação das emissões de carbono.
Na edição de 2017, o campeonato evitou a emissão de 19 toneladas de carbono e gerou uma economia de 51,6 m³ de água por meio da coleta de resíduos sólidos; destinou à reciclagem 2,57 toneladas de garrafas pet e compensou todo o carbono emitido pela competição (265 toneladas de CO2) por meio do plantio de 1.450 mudas de árvores em Anapu (PA), entre outras ações.
“Estamos dando os primeiros passos em direção ao que vai ser um novo modelo de desenvolvimento sustentável. Com a Copa Verde, o Brasil ser torna referência em competição sustentável”, afirmou o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho.
Para o secretário-geral da CBF, Walter Feldman, o apoio do MMA ao evento foi fundamental. “Entendemos o futebol como um meio de transformação social, atuando junto a jovens em situação de vulnerabilidade social e em biomas atingidos pelo desmatamento. Após cinco anos de Copa Verde, conseguimos resultados que pretendemos ampliar nas próximas edições”, afirmou. Participaram da entrega dos resultados socioambientais do campeonato dirigentes do MMA e da CBF, parlamentares e empresários.
RESULTADOS
Confira os resultados da edição de 2017:
Compensação de todo o carbono emitido pela competição (265 toneladas de CO2) por meio do plantio de 1.450 mudas de árvores em Anapu (PA). A ação vai recuperar um hectare de mata ciliar, no sistema agroflorestal. As mudas foram plantadas com a ajuda dos agricultores familiares locais e a parceria do Instituto de Pesquisa da Amazônia (Ipam), Iniciativa Verde e Secretaria de Meio Ambiente de Anapu;
Reciclagem de 2,57 toneladas de garrafas pet, o correspondente a 100 mil garrafas pet a menos nas ruas. Nas competições, os torcedores trocaram garrafas por ingressos ou doaram. Essa ação contribuiu para fazer do futebol uma ferramenta de educação para a sustentabilidade e aumentou a acessibilidade da população aos estádios.
Recorde de lixo zero no jogo Paysandú x Luverdense no Estádio Olímpico do Pará, o Mangueirão, em Belém. Envolvidos 50 catadores de três cooperativas. Recolhidos 410 kg de papel, 230 kg de garrafas pet, 2 kg de alumínio, 20 kg de plástico, 600 kg de papelão e 180 kg de rejeito – um total de 1.262 kg. Durante toda a Copa Verde, foram recolhidos 2.682 kg de resíduos, por 120 catadores e sete cooperativas. Esta ação evitou a emissão de 19 toneladas de carbono e a economia de 51,6 m³ de água;
Oficinas de consumo consciente com mais de 30 crianças da Fundação Propaz de Belém (PA), durante a final, realizada pelo Instituto Akatu em parceria com o MMA;
Aulas de futebol da CBF Social com conteúdos de sustentabilidade, utilizando jogos com temas relacionados ao meio ambiente;
O Troféu Vivo entregue aos vencedores (campeão Paysandú e vice-campeão Luverdense) foi plantado na sede dos respectivos clubes. Trata-se de uma muda de árvore do bioma de cada equipe;
Troféu FSC, desenvolvido em madeira com certificação Internacional do Conselho Brasileiro de Manejo Florestal (FSC Brasil);
Distribuição de mil copos-eco na partida final, com um impacto de diminuição de aproximadamente 60 Kg de copos de plástico;
Concurso de redação e vídeos com o tema Rios Voadores. Participaram 45 escolas de Belém, Distrito Federal e Mato Grosso, atingindo 6,4 mil alunos. Duas vencedoras foram premiadas na partida final.
Em 2018, a Copa Verde terá a certificação ISO 20121, a norma de certificação de gerenciamento de eventos sustentáveis.
Fonte: MMA