Copa Verde planta 1,6 mil árvores no Pará

As portas da propriedade rural do agricultor Erivaldo Rodrigues da Silva, localizada no município de Anapu, no estado do Pará, se abriram nesta terça-feira para receber as mais de 100 pessoas que participaram do Plantio de Árvores em Áreas de Preservação Ambiental, fruto da compensação de carbono do campeonato Copa Verde 2018.

“Estamos aqui hoje atuando por um futuro sustentável. A Copa Verde trabalha com a educação ambiental, que deve alcançar todos os aspectos da vida social”, afirmou o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho.

Neste ano, quinta edição do evento, serão plantadas 1,6 mil mudas de 14 espécies diferentes: açaí, pará, buriti, taperebá, cupuaçu, cacau, urucum, coco de praia, banana, goiaba, ipê amarelo, ipê roxo, cumaru, mogno brasileiro e ingá.

Para o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Antônio Nunes, essa é uma parceria que dá bons frutos. “Trabalhamos em defesa do meio ambiente, por meio do futebol. Estamos juntos nessa”, afirmou.

Ao todo, 30 famílias estão envolvidas no projeto e vão realizar a recuperação de suas APPs com a implantação de sistemas agroflorestais. Além do benefício ambiental, o plantio promoverá a produção de alimentos e outros produtos que poderá contribuir com a geração de renda para as comunidades locais.

De acordo com o ministro Sarney Filho, é importante fortalecer as pessoas que moram nas áreas rurais. “’É preciso qualificar, melhorar a qualidade de vida e, para que isso aconteça, o ecossistema precisa estar protegido. Defendo o desenvolvimento sustentável”, disse.

PARTICIPAÇÃO

Além do ministro do Sarney Filho, e do presidente da CBF, Antônio Nunes, participaram do plantio o prefeito do município de Anapu (PA), Aelton Silva, a presidente do Fórum Estadual de Secretários Municipais de Meio Ambiente do Estado do Pará, Zelma Campos, o pesquisador sênior do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), Paulo Moutinho, o diretor da Iniciativa Verde, Lucas Pereira, o representante da Fundação Viver, Produzir e Preservar, João Batista, o tetracampeão mundial da seleção brasileira de futebol Branco, agricultores rurais da região, entre outros.

“É um prazer e uma honra participar desse encontro. A gente deve cuidar do meio ambiente e estou aqui para isso. O caminho é esse. Quero mostrar a minha história. Um menino do interior que tinha um grande sonho e conquistou o mundo ao se tornar campeão mundial”, disse o tetracampeão.

RESULTADOS

Na edição de 2017, o campeonato evitou a emissão de 19 toneladas de carbono e gerou uma economia de 51,6 m³ de água por meio da coleta de resíduos sólidos.

Além disso, destinou à reciclagem 2,57 toneladas de garrafas pet e compensou todo o carbono emitido pela competição (265 toneladas de CO2) por meio do plantio de 1,4 mil mudas de árvores, também na cidade de Anapu (PA), entre outras ações.

A COMPETIÇÃO

A Copa Verde é um campeonato de futebol iniciado em 2014 e disputado por 18 equipes das regiões Norte e Centro-Oeste e do estado do Espírito Santo.

A competição promove um conjunto de ações sustentáveis, como a compensação das emissões de gases de efeito estufa (GEE), a inclusão social dos catadores, a troca de materiais recicláveis por ingressos, aulas de futebol para crianças em situação de vulnerabilidade, além de um concurso de redação com temas ambientais para os alunos participantes da 5ª Conferência Nacional Infantojuvenil de Meio Ambiente dos 11 estados integrantes da competição.

A ideia é alinhar a agenda ambiental ao torneio de futebol, um dos esportes mais queridos pelos brasileiros, influenciando assim outras competições. O campeão da Copa Verde é classificado para as oitavas de final da Copa do Brasil.

PARCERIA

A ação, parceria entre o Ministério do Meio Ambiente, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) e a Iniciativa Verde, é realizada pelo Projeto Carbono Zero (Carbon Free), que promove a recuperação de Áreas de Proteção Permanente (APP) em lotes da agricultura familiar.

O Programa Carbono Zero (Carbon Free) foi desenvolvido pela Iniciativa Verde para que as emissões de gases de efeito estufa (GEE) decorrentes de qualquer atividade humana,  como produtos, serviços, construções ou eventos sejam compensadas. As atividades emitem direta ou indiretamente uma quantidade de gases que podem agravar o aquecimento global.

Quem participa do programa recebe o selo Carbon Free e um certificado com o número de árvores plantadas e a quantidade de gases de efeito estufa compensada.

COMO FUNCIONA

As emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) gerados em razão do evento são compensadas por meio do plantio de árvores, combatendo assim o aquecimento global.

Com essa ação há também a conservação da biodiversidade brasileira e a manutenção dos serviços ambientais (conservação de recursos como a água, o solo e o clima), além de uma maior conscientização da sociedade e uma mudança de comportamento no ambiente corporativo, sensibilizando para a importância e necessidade de ações sustentáveis.

Fonte: MMA