O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) participa da 23ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança de Clima, a COP 23, em Bonn, na Alemanha. No espaço dedicado ao Brasil, a comunidade internacional teve oportunidade de conhecer a importância das unidades de conservação e seus serviços ecossistêmicos.
De acordo com o diretor de Criação e Manejo das Unidades de Conservação (Diman), Paulo Carneiro, que fez intervenção durante debate, as unidades de conservação ajudam a diminuir os impactos causados pelo desmatamento. “No caso brasileiro, a maior parte das contribuições de gases do efeito estufa são derivadas de alteração do uso do solo, principalmente por causa do desmatamento”, explicou Carneiro.
Ainda segundo ele, dentre outras atribuições, as UCs também agem como barreiras contra o desmatamento, especialmente na Amazônia e no Cerrado, atualmente os biomas mais sensíveis à ação do homem. “Assim, a efetiva implementação das unidades auxiliam a combater uma das fontes de emissão de gases estufa”, completou Carneiro.
Atualmente, conforme o diretor do ICMBio, aproximadamente 1,6 mil agentes de fiscalização estão envolvidos em ações de fiscalização nas 324 unidades de conservação. Eles lavraram mais de 16 mil autos de infração. Somente em 2017, 757 fiscais participaram de 248 ações. O esforço de fiscalização pode ser visto no decréscimo do desmatamento dentro das unidades de conservação, que, desde a criação do ICMBio, já caiu praticamente pela metade.
A COP 23 ocorre até 17 de novembro e tem como objetivo principal avançar nas discussões sobre o Acordo de Paris, onde mais de 190 países firmam compromissos internacionais para redução dos gases estufa, como o dióxido de carbono, metano e perfluorcarbonetos apontados como responsáveis por acarretar mudanças climáticas. Mais de 190 países se comprometeram com metas de emissões desses gases. A meta brasileira é reduzir 37% das emissões até 2025 e até 43% até 2030.
Fonte: ICMBio