Investir em transporte marítimo é essencial para tornar um país forte e relevante no comércio exterior. Apenas neste ano, o Governo do Brasil terá prorrogado ou leiloado oito contratos portuários dentro do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) –sendo um dos principais o Terminal de Trigo do Rio de Janeiro, que prevê investimentos na ordem de R$ 93,1 milhões nos próximos anos.
Com uma agropecuária responsável por boa parte das exportações do País, o Brasil precisa de terminais portuários que consigam dar vazão à grande produção de produtos brasileiros, em especial os agrícolas como soja e milho.
Para se ter uma ideia, mais de 90% do comércio internacional é feito por transporte marítimo, de acordo com a associação internacional de operadores de navios International Chamber of Shipping (Câmara Internacional de Embarcações, em tradução literal).
De acordo com a entidade, sem essa forma de transporte de cargas, seria impossível fechar negociações e expandir o comércio exterior. Atualmente, há mais de 50 mil navios mercantes que fazem transporte internacional de cargas e produtos.
O mar do Brasil
No Brasil, a expressividade do transporte marítimo também tem as mesmas proporções. As exportações por mar correspondem a 83,5% do total exportado pelo País, cerca de US$ 153,2 bilhões de janeiro a outubro. Esse números somam 521 milhões de toneladas exportadas no período.
Nas importações, a relevância é similar. Até outubro, as importações realizadas pelo mar somaram US$ 113,3 bilhões, o que corresponde a 73,6% do total das compras realizadas pelo País.
Dos portos brasileiros são exportados os principais produtos da nossa balança comercial: soja, farelo de soja, milho, produtos minerais, carnes, açúcar, automóveis, café, entre outros bens de consumo. Atualmente, o Brasil possui 34 portos públicos e mais de 100 instalações portuárias privadas que cobrem 8,5 mil quilômetros de costa navegável.
Fonte: Governo do Brasil, com informações do MDIC, ANTAQ e International Chamber of Shipping e Ministério dos Transportes