Resumo da Semana: 24 a 30 de Maio de 2020

Confira aqui as principais notícias e artigos que foram publicados durante a semana no Ambientebrasil.

Bicharada ‘solta’, céu limpo e ar puro: os retratos da natureza em tempos de coronavírus

Imagens de animais e da natureza durante a quarentena para conter a pandemia do coronavírus — Foto: Divulgação.

A pandemia do novo coronavírus também transformou a natureza. Com a orientação do distanciamento e isolamento social, uma pausa na rotina diária aconteceu e isso mexeu muito no meio ambiente – o deslocamento diminuiu e praticamente só os serviços essenciais continuaram em atividade. Um “break” na vida urbana e um novo desabrochar do ambiente, com direito a até animais dando as caras e retomando o seu espaço.

Com isso, houve uma redução em 17% das emissões de carbono em relação à média diária de 2019 no mundo. No Brasil, a redução foi de 25%, ligada principalmente aos setores de transporte e indústria, segundo um estudo da “Nature Climate Change”. Um céu que podemos dizer mais limpo e um ar mais puro.

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Saiba como os manguezais nutrem a vida marinha

Flamingos nos manguezais de Dubai. Foto: Rob Barnes/AGEDI.

As árvores de mangues armazenam mais carbono em seus solos se comparadas a outras espécies, o que as tornam ativos valiosos na luta contra o aquecimento global. Elas também diminuem o impacto das tempestades, servem de zonas de reprodução para peixes e outros animais marinhos e constituem eficazes sistemas de filtragem que evitam o influxo de água salina que torna o solo inadequado para a agricultura.

A biodiversidade é um importante benefício ecossistêmico das florestas de mangue. A comunidade local e o ecoturismo baseado na diversidade biológica dos manguezais podem ajudar na conservação e no manejo sustentável desses ambientes naturais. Os turistas têm diversas opções para conhecer a fauna e a flora desses ecossistemas, como passeios de barco, caiaque, mergulho com snorkel, observação de pássaros e pesca noturna de caranguejos. Em Madagascar, os mangues abrigam lêmures, que estão no grupo de mamíferos mais ameaçados do planeta – e que foram documentados pela primeira vez há poucos anos.

“As florestas de mangue são ecossistemas altamente produtivos e sua conservação deve ser uma prioridade, mas onde os manguezais já desapareceram, a restauração também é possível”, diz o especialista em ecossistemas costeiros e marinhos do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Gabriel Grimsditch.

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Programa Nacional de Bioinsumos incentiva desenvolvimento sustentável na agropecuária

Programa prevê ofertar tecnologias, produtos e informações sobre nutrição do solo, controle de pragas e processos relacionados à pós-colheita – Foto: Foto – Governo do Paraná.

O Programa Nacional de Bioinsumos que vai estimular a pesquisa, a produção e o uso de produtos biológicos, como fertilizantes e defensivos agrícolas, para o desenvolvimento sustentável da agropecuária do País.

Segundo o Programa desenvolvido, o bioinsumo é o produto, processo ou tecnologia de origem vegetal, animal ou microbiana, destinado ao uso na produção, no armazenamento e no beneficiamento de produtos agropecuários.

A intenção é aproveitar o potencial da biodiversidade brasileira para reduzir a dependência dos produtores rurais em relação aos insumos importados e ampliar oferta de matéria-prima para o setor.

Para estimular e fortalecer o segmento de bioinsumos, as ações do programa preveem ofertar aos usuários tecnologias, produtos, processos, conhecimento e informações sobre uma diversidade de insumos de base biológica aplicados no campo, desde a nutrição do solo, o controle de pragas como em processos relacionados à pós-colheita.

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Projeto do Banco Mundial modernizará setores energético e mineral do Brasil

O setor de energia do Brasil é considerado um dos mais sofisticados da America Latina. Foto: Banco Mundial/Mariana Ceratti.

O Banco Mundial aprovou empréstimo de 38 milhões de dólares para o Projeto de Fortalecimento dos Setores de Energia e Mineral II (META 2), no Brasil. O objetivo é modernizar esses setores e promover a extração e o processamento sustentáveis de minerais e metais. Outra meta é permitir a produção de energia de forma mais competitiva e confiável, a preços mais baixos.

Segundo o especialista em energia do Banco Mundial – “O programa oferecerá a instituições públicas e agências setoriais atividades de assistência técnica, como estudos, treinamentos, metodologias, bases de dados e equipamentos de tecnologia da informação.”

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Dano na camada de ozônio provocou extinção em massa há 360 milhões de anos

Dano na camada de ozônio levou a extinção em massa há 360 milhões de anos (Foto: Pexels).

Pesquisadores da Universidade de Southampton, no Reino Unido, descobriram que a extinção em massa que ocorreu 360 ​​milhões de anos atrás, no fim do período Devoniano, foi causada por um rompimento na camada de ozônio. O estudo foi compartilhado nesta quarta-feira (27), na revista Science Advances.

Causadas por exposição aos raios ultravioletas, mutações genéticas encontradas em fósseis de esporos de plantas sugerem falhas na camada de ozônio da época.

A equipe coletou amostras de rochas durante expedições feitas em regiões polares e montanhosas do leste da Groenlândia, que, há milhões de anos, formavam um imenso lago quando a Europa e a América do Norte ainda eram póximas. Este lago estava situado no hemisfério sul da Terra e teria sido semelhante ao Lago Chade, localicalizado na beira do deserto do Saara.

Outras amostras foram coletadas das montanhas andinas acima do lago Titicaca, na Bolívia, que, também há milhões de anos, ficava mais próximo ao polo sul. Segundo os especialistas, analisar rochas de diferentes lugares permitiu comparar o evento de extinção próximo ao polo com o próximo à linha do Equador.

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