A comunidade internacional aprovou uma série de resoluções na Assembleia Ambiental das Nações Unidas (UNEA 3), que terminou nesta quarta-feira (06/12) em Nairóbi (Quênia). Uma das prioridades da delegação brasileira no evento, o combate ao lixo marinho está entre as proposições aprovadas pelos 193 países que integram o foro. A proposição destaca a importância da eliminação dos microplásticos dos oceanos e de ações para prevenir e reduzir significantemente a poluição marinha até 2025.
O engajamento do país na conservação dos oceanos foi destacado pelo embaixador Fernando Coimbra, chefe da delegação brasileira na Assembleia. “Harmonizar atividades econômicas com a conservação é crucial para manter a saúde dos oceanos”, destacou Coimbra em sessão plenária. O embaixador afirmou que o evento tem atuado no combate à poluição em todas as suas reformas e ressaltou que o Brasil também tem dado sua contribuição em agendas como a de mudança do clima e de controle do mercúrio.
O Brasil também foi convidado a participar do grupo de coordenação do Global Partnership of Marine Litter (GPML), uma parceria global entre agências internacionais, governos, sociedade, academia e terceiro setor no combate ao lixo marinho. Os integrantes do grupo trabalham para o desenvolvimento de ações em áreas como apoio técnico e financeiro. Entre os objetivos da aliança, está a redução dos impactos do lixo marinho nas economias, nos ecossistemas, na biodiversidade e na saúde humana.
AÇÃO
A resolução sobre lixo marinho reconhece a UNEA como fórum de discussão e negociação do tema no contexto internacional. O coordenador-geral de Gerenciamento Costeiro do MMA, Regis de Lima, explicou que os países-membros serão solicitados a fazer seus planos de ação para o tema. “A resolução traz a promoção do fortalecimento da integração intersetorial”, acrescentou.
A ação brasileira nessa agenda já começou. No mês passado, o país realizou, no Rio de Janeiro, seminário que serviu como o primeiro momento de elaboração do plano nacional de combate ao lixo do mar. A construção do documento para 2018 já havia sido apresentada como compromisso voluntário do Brasil durante a Conferência dos Oceanos, realizada em junho deste ano na sede das Nações Unidas, em Nova York.
Fonte: MMA