GEF-Mar apoia parque estadual no Maranhão

O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, o secretário de Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão, Marcelo Coelho, e o secretário de Representação Institucional do governo do Maranhão, em Brasília, Ricardo Cappelli, assinaram nesta quarta-feira acordo de cooperação para implantar o projeto Áreas Marítimas e Costeira Protegidas (GEF-Mar), no Parque Estadual Marinho do Parcel de Manuel Luís, no Maranhão.

O projeto contará com R$ 1,05 milhão do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio). Os recursos serão destinados para a elaboração do Plano de Manejo e Acordo de Gestão da unidade de conservação estadual e para a aquisição de equipamentos importantes para a sua implementação.

Sarney Filho ressaltou que o projeto busca apoiar a criação e a implementação de um Sistema de Áreas Marinhas e Costeiras Protegidas (AMCPs) no país, a fim de reduzir a perda de biodiversidade marinha e costeira.

“O Parcel de Manuel Luís representa uma riqueza única para todo o país. Por isso, foi de grande importância a sua inclusão no GEF-Mar, uma iniciativa do governo federal, criado e implementado em parceria com instituições privadas e da sociedade civil”, explicou o ministro. Ele reforçou a necessidade de um plano de manejo para a UC, com o objetivo de proteger a biodiversidade dessa região.

RECONHECIMENTO

O parque, com área de 45.937,9 hectares, foi criado em junho de 1991, e desde então desperta permanente interesse de pesquisadores de sua fauna e flora. O nome do parcel foi escolhido em homenagem ao pescador Manuel Luís, descobridor da formação rochosa, no final do século XIX. É um dos 22 sítios Ramsar brasileiros, que são áreas úmidas com reconhecimento internacional.

Devido à dificuldade de acesso, à distância da costa, a fortes correntes marítimas e, principalmente, por constituir o maior banco de corais da América do Sul, e um dos maiores do mundo, o Parcel de Manuel Luís sempre representou ameaça à navegação. Tornou-se um dos maiores cemitérios de embarcações do mundo, com cerca de 200 embarcações naufragadas, entre caravelas e navios de casco de ferro, perdendo apenas para o Triângulo das Bermudas.

OBJETIVOS

De acordo com a Secretaria de Biodiversidade do MMA,  o Sistema de Áreas Marinhas e Costeiras Protegidas no Brasil prevê o aumento em 5% da área marinha e costeira, equivalente a 175 mil km², e aumentar a proteção da biodiversidade em pelo menos 9.3 mil km² de unidades conservação marinhas e costeiras novas ou já existentes.

Fonte: MMA