Nesta quarta-feira (31), o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC) encerra a capacitação em agricultura orgânica para cerca de 30 agricultores familiares das comunidades Brasileira, São Sebastião e Nossa Senhora de Nazaré, localizadas na região do alto Urupadi, na divisa entre os rios Marau e Monjuru, no município de Maués (AM).
Os agricultores do alto Urupadi produzem guaraná reconhecido como produto orgânico vendido nas feiras de Maués, de Manaus, além de outros municípios do Amazonas e de outros estados. O fruto é vendido em pó e também em bastão, que é ralado para consumo.
A iniciativa faz parte do Projeto Feirão do Produtor Rural, financiado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). É coordenado pela pesquisadora do Inpa, Sonia Alfaia, por meio de uma parceria com outras instituições, principalmente a Universidad Sanct Spíritus José Mari Pérez, de Cuba.
Por meio do projeto já foram capacitados mais de 1.500 produtores rurais, ao longo de dois anos. O curso utiliza o método participativo com as comunidades e inclui atividades teóricas, dinâmicas, troca de experiências, sensibilização do grupo na temática envolvida e atividades práticas
Durante o curso são trabalhados princípios agroecológicos, produção de adubos orgânicos, manejo agroecológico de pragas e doenças e práticas de manejo.
Fortalecimento do guaraná
Fortalecer o sistema agrícola tradicional de produção de guaraná com práticas de base agroecológica é o desafio da Associação dos Agricultores Familiares do Alto Urupadi (AAFAU).
O Guaraná Urupadi já é reconhecido como produto orgânico cultivado em sistema agrícola tradicional com mudas naturais extraídas das matrizes silvestre de guaranazeiros. “Agora precisamos cada vez mais melhorar e aperfeiçoar o nosso sistema agrícola com base na agricultura orgânica”, diz Oliveira.
O Projeto Guaraná Urupadi foi criado pela Associação dos Agricultores Familiares do Alto Urupadi e tem como objetivo valorizar o sistema agrícola tradicional de produção de guaraná visando a conservação da floresta, segurança alimentar e geração de renda.
São parceiros do projeto, além do Inpa, a Prefeitura de Maués, Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), Instituto Acariquara e Slow Food Brasil.
Fonte: Inpa