Fruto do Acordo de Cooperação Técnica celebrado em 2017 entre a Fundação Nacional do Índio e a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado do Espírito Santo (Seama), o Programa Reflorestar pretende viabilizar a recuperação de áreas degradadas, a gestão ambiental com sustentabilidade econômica e geração de renda e a adoção de práticas de uso amigável do solo nas terras três terras indígenas do Espírito Santo.
Em 2018, o projeto começou a todo o vapor com os insumos sendo entregues para o início da recuperação das áreas degradadas tanto pela Funai, por meio da Coordenação Regional de Minas Gerais e Espírito Santo, quanto pela Seama, e com a realização de diversas oficinas e reuniões entre os órgãos parceiros, as lideranças, associações indígenas e os atores envolvidos da comunidade.
Com o recebimento dos materiais, os próprios indígenas reformarão seus viveiros para receberem as mudas, farão as cercas e preparo de solo das áreas a serem reflorestadas, começando assim a recuperação de seu território tradicional, por meio do plantio de mudas de espécies nativas e frutíferas, além da proteção de nascentes hídricas. Ao final do projeto, está prevista a recuperação de quase 200 hectares e o plantio de aproximadamente 160 mil mudas.
Durante as reuniões interinstitucionais realizadas em fevereiro na sede da Coordenação Técnica Local da Funai em Aracruz para o alinhamento e planejamento das ações de 2018, foi nítido o clima de integração dos técnicos envolvidos de ambas as instituições, que relataram o orgulho de participarem de um projeto de tamanha relevância para os povos indígenas e para o meio ambiente de um modo geral.
“Nós da SEAMA estamos muito satisfeitos e empenhados, assim como os indígenas, e entendemos que a entrega dos insumos simboliza finalmente o início das atividades dos indígenas no campo, no âmbito do Projeto Reflorestar”, relatou Juliana Coura, da Seama.
O coordenador Regional da Funai, Thiago Fiorott, destacou a necessidade de persistência para ver a implementação de inciativas como essa. “Graças à determinação dos indígenas e o trabalho de uma equipe de servidores altamente comprometida nas três esferas da Funai (CTL, CR e SEDE), e da Seama, é que vencemos várias dificuldades para chegarmos aqui. Agora é hora de todos os atores seguirem firmes para tirarmos esses 200 hectares de floresta do papel e plantarmos no chão das aldeias, garantindo sustentabilidade ambiental com geração de renda aos Tupiniquim e Guarani. Vai dar trabalho, mas valerá a pena”, comemorou o coordenador.
Fonte: Funai