Apenas 5% do plástico do mundo é reciclado. (Foto: H. Hach/Pixabay)
Cientistas americanos disseram nesta quinta-feira (26) que fizeram avanços em direção a um tipo de plástico que pode ser reciclado “infinitamente” e que este parece ser durável o suficiente para competir com os plásticos comuns.
Diferentemente dos plásticos feitos a partir de derivados de petróleo, o novo tipo pode ser transformado de volta ao seu estado original de pequenas moléculas e transformado em novos plásticos repetidas vezes, disse o relatório na revista “Science”.
“Os polímeros podem ser quimicamente reciclados e reutilizados, em princípio, infinitamente”, disse o autor principal, Eugene Chen, professor do Departamento de Química da Universidade Estadual do Colorado.
Chen advertiu que a pesquisa foi feita apenas em laboratório e que é necessário mais trabalho para desenvolvê-la.
No entanto, a equipe ampliou um avanço que anunciou em 2015, que resultou em um plástico totalmente reciclável que era mais macio do que o ideal.
Fazer a versão antiga exigia condições extremamente frias e o produto final tinha baixa resistência ao calor.
O novo produto corrige todos esses problemas, disseram os pesquisadores.
Um comentário que acompanhou o artigo na “Science” disse que o trabalho é “um passo importante” na abordagem do problema do plástico no planeta.
Sob o novo processo, “os resíduos de plástico são despolimerizados de volta ao material inicial e depois repolimerizados para produzir plásticos do tipo virgem”, disse o comentário.
Produção global deve passar de 500 milhões de toneldas métricas até 2050 (Foto: Andrew Martin/Pixabay)
Esse tipo de avanço “pode levar a um mundo em que os plásticos no final de sua vida não são considerados resíduos, mas matéria-prima para gerar produtos de alto valor”.
Atualmente, apenas cerca de 5% do plástico no mundo é reciclado.
A produção global de plástico deverá ultrapassar 500 milhões de toneladas métricas até 2050.
Especialistas preveem que em meados do século haverá mais plástico do que peixes nos oceanos.
Fonte: AFP