Cientistas da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA conduziram uma expedição para desbravar os locais mais profundos e misteriosos do Golfo do México, e as imagens que capturaram são simplesmente incríveis.
Uma equipe competente passou três semanas a bordo do Okeanos Explorer, documentando algumas espécies pouco conhecidas que chamam o fundo do mar de casa. Usando uma combinação de submersíveis operados remotamente (como o Deep Discoverer, mostrado abaixo) e instrumentos baseados em terra, fez imagens impressionantes e raras de áreas anteriormente inexploradas.
Este é um submersível em ação, examinando a borda da Florida Escarpment:
Os cientistas não vasculharam somente as profundezas do oceano, mas também águas mais rasas, como este recife de corais apenas seis metros abaixo da superfície, em Florida Keys:
Os cientistas ficaram impressionados com o comportamento de algumas das criaturas vistas, como este pepino-do-mar nadando milhares de metros abaixo da superfície:
Um cientista comparou as imagens dessa natação a um “balé”. A equipe está agora tentando entender como essas criaturas regulam sua flutuabilidade para se mover livremente na água. Os pesquisadores também testemunharam esse pepino-do-mar nadando, com seus órgãos visíveis através de seu tecido translúcido:
Essa lula não identificada intrigou os cientistas. Um dos membros da equipe especialista em cefalópodes descreveu-a como “provavelmente a mais bizarra que já viu”:
Os cientistas ainda não sabem ao certo por que a lula adota essa posição aparentemente defensiva. Eles acham que pode ser por causa de uma lesão, já que parecia ter perdido alguns tentáculos, embora não possam ter certeza, porque essa espécie em particular nunca foi observada antes:
Os pesquisadores também encontraram estranhas estrelas-do-mar em seus mergulhos, sendo que algumas nunca haviam sido registradas no Atlântico antes:
As estrelas-do-mar usam as estruturas vistas nesta imagem, que se parecem com “cílios”, para se locomover, tendendo a se reunir perto dos montes submarinos:
Esta estrela-do-mar raramente vista é considerada uma das espécies mais antigas conhecidas, uma vez que há evidências fósseis de que já existia na era jurássica, o que significa que tem centenas de milhões de anos de idade:
As estrelas-do-mar, como muitas criaturas que habitam o fundo oceânico, têm um apetite voraz. Nestas fotos, uma delas consome uma esponja-do-mar translúcida:
Como os seus parentes de águas rasas, os corais do fundo do mar formam recifes esplêndidos milhares de metros abaixo da superfície:
Eles são muitas vezes coloridos, como evidenciado por este brilhante octocoral púrpura. Octocorais são comuns em ambientes de profundidade e são, na verdade, uma coleção de pequenas criaturas chamadas pólipos, que carregam oito tentáculos e compartilham um estômago:
Esses octocorais fornecem um habitat para espécies de lagostas de águas profundas, e parecem estar associados a elas, porém mais pesquisas precisam ser feitas sobre assunto:
Aqui está outro exemplo de coral, com uma espécie diferente de lagosta usando-o como um refúgio:
Como seus irmãos de águas rasas, esses corais são filtradores, posicionando-se em locais privilegiados para capturar o plâncton. Este da espécie Keratoisis sp. se orienta perpendicularmente à corrente para facilitar a captura:
Este uniu-se a uma rocha vertical a mais de 2.600 metros abaixo da superfície, provando que a vida pode prosperar mesmo nas circunstâncias mais difíceis:
Além dos corais, os cientistas capturaram fotos magníficas de bizarros habitantes de águas profundas, como esta enguia da família Ophidiidae. O animal descansa no chão oceânico e usa seus olhos grandes para localizar presas nadando acima dele no escuro:
Esta lagosta é completamente cega, passando a maior parte da sua vida em tocas. Os cientistas conseguiram capturar uma do lado de fora, a cerca de 675 metros de profundidade:
Esta raia nada à procura de presas na companhia de um isópode parasita:
Este peixe que parece mal-humorado é da família Lophiidae, fotografado a cerca de 500 metros abaixo da superfície. Chamado por vezes de “peixe-pescador”, usa as iscas entre seus olhos para capturar presas:
Esse camarão de pernas longas, como a lagosta cega, prefere passar seu tempo em tocas. Aqui, foi visto cruzando o chão oceânico a mais de 2.700 metros de profundidade:
Este peixe é da espécie Hoplostethus japonicus, uma das mais antigas de águas profundas, encontrada ao longo da costa da América do Norte, da Nova Escócia ao Golfo do México:
Na expedição, os pesquisadores também observaram um comportamento especialmente estranho entre dois polvos que pareciam estar lutando pelo espaço no subsolo de um antigo naufrágio:
O perdedor tentou enterrar-se sob o sedimento após sua derrota:
Os cientistas identificaram esta lula como uma Echinoteuthis atlantica, comum em águas profundas no Atlântico:
Entre os mais bizarros habitantes do mar profundo estão estes ctenóforos, ou águas-vivas-de-pente. Com seus tentáculos totalmente estendidos a cerca de 4.790 metros de profundidade, parecem algo saído de Star Wars:
Um dos ambientes menos compreendidos nas profundezas, as piscinas de salmoura são áreas com água extremamente salina. Tais piscinas se formam porque a água salgada é mais densa que a água ao redor, então afunda, matando o marisco circundante:
Esses vermes tubulares empregam uma estratégia única para sobreviver no fundo do mar. Na ausência de luz solar, usam bactérias armazenadas em seus órgãos para converter o sulfeto de hidrogênio nos açúcares e aminoácidos necessários para a vida:
Além de examinar a rica vida marinha, a equipe explorou naufrágios não identificados anteriormente, sendo que alguns permanecem há décadas no fundo do mar:
No primeiro mergulho, o submarino encontrou este rebocador, chamado New Hope. Naufragado durante uma grave tempestade tropical em 1965, a Guarda Costeira conseguiu salvar todos a bordo:
Naufrágios podem muitas vezes se tornar lares para a vida marinha. Aqui, um caranguejo vermelho se senta no rebocador:
Mesmo nos ambientes mais remotos, ainda há sinais infelizes de humanidade, embora essa sacola tenha sido reaproveitada como um habitat para anêmonas a quase 1.600 metros de profundidade: