Morre o último dos 11 rinocerontes-negros transferidos a um parque no Quênia

O pessoal do Serviço de Vida Selvagem do Quênia checa um rinoceronte tranqüilizado antes de transportá-lo como parte de um exercício de translocação de rinocerontes no Parque Nacional de Nairobi (Foto: REUTERS/Baz Ratner/File Photo)
O pessoal do Serviço de Vida Selvagem do Quênia checa um rinoceronte tranqüilizado antes de transportá-lo como parte de um exercício de translocação de rinocerontes no Parque Nacional de Nairobi (Foto: REUTERS/Baz Ratner/File Photo)

O último dos 11 rinocerontes-negros, uma espécie em perigo de extinção, que foram transferidos há um mês ao parque natural de Tsavo East, o maior do Quênia, morreu, informam nesta segunda-feira (6) veículos de imprensa locais.

Os 11 rinocerontes foram levados no começo de julho do lago Nakuru (centro do país) e do Nairóbi National Park ao parque de Tsavo East (sudeste), dentro de um plano no qual houve participação do Fundo Mundial para a Natureza (WWF, em sua sigla em inglês) e cujo objetivo era criar espaços mais seguros para estes animais em um hábitat adequado.

A morte dos rinocerontes pouco depois da mudança gerou fortes críticas para o Serviço de Conservação da Flora e Fauna Selvagem do Quênia (KWS), encarregado do transporte, e ao ministro de Turismo, Najib Balala.

Estes animais começaram a morrer apenas uma semana depois de chegar a Tsavo East.

As organizações ambientalistas e de proteção de animais consideram que a realocação de espécies para conservação é importante, apesar do quão complexa é a missão, e se mostram surpresas pelas mortes destes rinocerontes negros, por isso pedem que uma série de investigações sobre as causas dessas mortes sejam feitas.

O KWS e o Ministério de Turismo se culparam mutuamente e assumiram a responsabilidade das mortes dos exemplares desta espécie em perigo de extinção. A população de rinocerontes no Quênia enumerou em 1.258 no final de 2017, o que, apesar do risco de extinção destes animais, devido em parte à caça ilegal, representa um aumento considerável desde os anos 80, quando só havia no país cerca de 400 exemplares.

Fêmea aguarda transporte do Parque Nacional de Nairobi (Foto: Baz Ratner/Reuters/Arquivo)
Fêmea aguarda transporte do Parque Nacional de Nairobi (Foto: Baz Ratner/Reuters/Arquivo)

Fonte: EFE