Cerca de 800 mil pessoas estão desalojadas e mais de 350 morreram em consequência das cheias que atingem desde o dia 8 de agosto o estado de Kerala, no sul da Índia informaram neste domingo (19/08) as autoridades locais. As inundações são consideradas as piores do século na região.
Milhares de membros de equipes de socorro continuam os trabalhos de resgate, com o apoio de centenas de barcos, 64 helicópteros, 24 aviões, 548 lanchas e milhares de efetivos do Exército, das Forças Aéreas, entre outros, segundo o Ministério do Interior da Índia.
Equipes se concentraram na cidade de Chengannur às margens do rio Pamba, onde cerca de 5 mil pessoas estão possivelmente ilhadas, segundo as autoridades.
Quase 10 mil pessoas ainda aguardam pelo resgate, enquanto mais de 800 mil já foram abrigadas em mais de 5 mil acampamentos em Kerala. As autoridades, entretanto, temem a disseminação de epidemias devido às condições em que as pessoas afetadas estão alojadas.
Depois de o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, visitar a região no sábado, o governo determinou a mobilização de “esforços sem precedentes” para resgatar as vítimas as retirar para abrigos de emergência, além de distribuir produtos básicos. Modi prometeu que serão disponibilizados 70 milhões de dólares para ajudar as vítimas.
As autoridades locais revelaram também que as condições climáticas melhoraram “consideravelmente”, apesar de os meteorologistas alertarem que o estado será afetado com chuvas até segunda-feira.
De acordo com a mesma fonte, os danos causados pelas inundações são estimados em três bilhões de dólares.
As chuvas intensas que atingem Kerala desde semana passada provocaram deslizamentos de terra e a destruição de pontes e estradas.
O estado de Kerala, visitado por milhares de turistas devido às praias rodeadas de palmeiras e às plantações de chá, é afetado anualmente por fortes chuvas na época das monções, mas este ano a precipitação está sendo particularmente forte. Entre 8 e 15 de agosto, entretanto, a quantidade de chuvas foi mais de 250% maior que o normal.
Fonte: Deutsche Welle