Um tribunal do estado alemão da Renânia do Norte-Vestfália ordenou nesta sexta-feira (05/10) a suspensão temporária da exploração de carvão na Floresta de Hambach, onde há poucos dias as autoridades concluíram uma enorme operação para desfazer acampamento de ambientalistas que protestavam contra a expansão de uma mina de no local.
A decisão da corte na cidade de Münster, em resposta a uma ação movida pela Federação Alemã do Meio Ambiente e Proteção da Natureza (BUND), é o mais recente capítulo na batalha que opõe a poderosa empresa de energia RWE – que ainda pretende ganhar muito dinheiro com uma das maiores minas de carvão a céu aberto do país – e as organizações ambientalistas.
A RWE já se preparava para fazer a limpeza do terreno para possibilitar o início das atividades de extração.
A suspensão das atividades da empresa deverá permanecer até a decisão final dos juízes sobre a ação movida pelo BUND contra os planos operacionais da RWE para o período de 2018 a 2010 referentes à de exploração de linhito, tipo de carvão considerado um dos combustíveis fósseis mais poluentes.
A empresa poderá continuar suas atividades na região, contanto que nenhuma área de floresta seja afetada.
O BUND afirma que a região da floresta se enquadraria no Diretivo de Habitats da União Europeia (UE), mecanismo que tem como objetivo conservar as espécies de animais e plantas ameaçadas na Europa, em razão da população de morcegos Bechstein que habita o local.
A Floresta de Hambach tem 12 mil anos, é rica em biodiversidade e lar de mais de 140 espécies de plantas e animais, mas apenas 10% de sua mata ainda estão de pé.
Fonte: Deutsche Welle