Foram anunciados nesta terça-feira (30) os vencedores do Prêmio Jovem Cientista. Em 2018, os pesquisadores apresentaram inovações para a conservação da natureza.
Mais de 1.500 trabalhos foram detalhadamente analisados até chegar a três jovens, premiados pela inovação, pela disciplinada e paixão pela ciência.
Aos 18 anos, a gaúcha Juliana ganhou o Prêmio Jovem Cientista do Ensino Médio.
Ela desenvolveu um plástico biodegradável da casca do maracujá que substitui embalagens de mudas de plantas e que se decompõe em vinte dias.
“Ter tido esse contato com a pesquisa no ensino médio foi muito importante para realmente eu descobrir o que eu amo fazer”, conta Juliana Davoglio Estradioto, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul.
Célio pesquisou a importância da mata de Dois Irmãos e a do Engenho Uchôa na rotina de diferentes grupos sociais do Recife. A partir daí, desenvolveu instrumentos de proteção e gestão de áreas de conservação. Ganhou na categoria Ensino Superior.
“O que mais me dá prazer é poder levar esse prêmio para minha cidade, para a região Nordeste, mostrar que nós estamos conseguindo desenvolver, e muito bem, pesquisas científicas, cada vez mais”, diz Célio Henrique Rocha Moura, da Universidade Federal de Pernambuco.
O paulista João Vitor desenvolveu um modelo de conservação na Amazônia que recupera populações de pirarucu, maior peixe de escamas do mundo, com alto valor comercial. O estudo mostra os benefícios econômicos de áreas protegidas. Foi o vencedor na categoria mestre e doutor.
“Fico muito feliz, assim, com a oportunidade de reconhecimento de um trabalho bastante árduo que as comunidades rurais estão fazendo na Amazônia”, diz João Vitor Campos e Silva, pesquisador da Universidade Federal de Alagoas.
O Prêmio Jovem Cientista completou 29 anos e se tornou um dos mais respeitados do país. Em quase três décadas, premiou e concedeu bolsas de estudo para mais de 200 pesquisadores e reconheceu o trabalho inovador de 23 instituições de ensino.
O prêmio é uma iniciativa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em parceria com a Fundação Roberto Marinho, Fundação Grupo Boticário e Banco do Brasil. Em 2018 o prêmio contou com o apoio da Embaixada do Reino Unido.
“Precisamos incentivar a esses jovens pesquisadores e a ciência brasileira investindo mais no país. Hoje, o Brasil investe apenas 1% do PIB em ciência, tecnologia e inovação. As grandes nações investem 3%, 4%. Nós precisamos chegar a pelo menos 2% do PIB nos próximos quatro anos”, afirmou o presidente o CNPq, Mario Neto Borges.
Fonte: Jornal Nacional / G1