Terminou neste sábado (1) a cúpula dos 20 países mais ricos do mundo. Eles assinaram um documento em defesa do livre comércio e do combate às mudanças climáticas, mesmo com divergências do americano Donald Trump.
Depois de dois dias de reunião, um documento de 40 páginas e dois principais compromissos. Primeiro, com o clima. O documento assinado de forma conjunta pelos 20 integrantes do G20 reitera a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, assinado em 2015 para limitar a emissão de gases que aumentam a temperatura global.
“Continuaremos a combater as mudanças climáticas, promovendo o desenvolvimento sustentável e crescimento”, diz o documento. Isso inclui responsabilidades comuns entre as nações, mas levando em conta as realidades de cada país.
Mesmo com a saída dos americanos, uma decisão de Donald Trump, o G20 diz que o Acordo de Paris é irreversível e se compromete com a sua implementação, e que para isso os países precisam estimular as fontes limpas de energia.
Negociadores europeus celebraram o documento. Disseram que o texto final marca posição diante das pretensões de Donald Trump, que não queria nem uma menção forte à questão do clima, nem críticas a uma das marcas de seu governo, o protecionismo. É aí que entra o segundo ponto importante do documento: o G20 reafirmou a necessidade de “revitalizar o comércio”.
Num dos trechos, o documento deixa clara a necessidade de uma reforma da Organização Mundial do Comércio, a OMC, que perdeu relevância diante da série de acordos bilaterais e do crescimento do protecionismo.
O grupo reafirmou a promessa de “usar todas as ferramentas políticas para alcançar um crescimento forte, sustentável, equilibrado e inclusivo”.
O encontro dos 20 acabou antes do mais esperado: o encontro dos dois, Trump e o chinês Xi Jinping. A expectativa dessa conversa já teve efeito no documento final do G20 e deixou os mercados no mundo inteiro ansiosos por alguma trégua nessa guerra comercial entre Estados Unidos e China.
Na noite deste sábado (1), o presidente Donald Trump e o presidente chinês Xi Jinping estavam reunidos em Buenos Aires. Antes do encontro, Trump disse que esperava uma discussão que fosse boa para dos Estados Unidos e para a China. O presidente chinês declarou que a cooperação entre os dois países é a melhor maneira de colaborar para a paz e a prosperidade no mundo.
Fonte: Jornal Nacional