Donald Trump inspira nome de novo tipo de cobra-cega

A nova cobra-cega Dermophis donaldtrumpi. (Foto: Abel Batista/Rainforest Trust )
A NOVA COBRA-CEGA DERMOPHIS DONALDTRUMPI. (FOTO: ABEL BATISTA/RAINFOREST TRUST )

Pesquisadores ligados à organização ambientalista Rainforest Trust descobriram um novo tipo de cecília, um anfíbio popularmente conhecido como cobra-cega. Encontrada no Panamá, a espécie com 10 centímetros, como o próprio nome diz, não enxerga e vive enterrada cavando buracos como se fosse uma minhoca gigante.

Para arrecadar fundos que serão destinados à conservação das própria espécie, a organização leiloa o direito de nomear algumas das espécies descritas pela primeira vez por seus pesquisadores. Já foram 12, incluindo da nova cobra-cega, que foi arrematado por Aidan Bell, proprietário de uma empresa sustentável de materiais de construção chamada EnviroBuild.

Foram quase R$ 100 mil para escolher o nome. A falta de visão da cecília foi fundamental para a definição do nome: Dermophis donaldtrumpi. “É o nome perfeito. Caecilian é tirado do latim cecus, que significa “cego”, refletindo perfeitamente a visão estratégica que o presidente Trump mostrou consistentemente em relação à mudança climática”, disse ao The Guardian, se referindo ao grupo de anfíbios com forma de serpente.

Os anfíbios, por ser muito sensíveis ao clima seco e aumento da temperatura, são muito suscetíveis ao aquecimento global. Assim, a pobre donaldtrumpi já vem à luz sob risco de extinção, graças à políticas como a de quem inspirou seu nome.

“Proteger as florestas tropicais remanescentes do mundo é reconhecido como uma das maneiras mais eficazes de mitigar a mudança climática, mas todos os dias quase 30.000 hectares de floresta tropical são destruídos para sempre”, disse Chris Redston, diretor executivo da Rainforest Trust UK, ao The Guardian.

“Esta destruição não é apenas uma das principais causas da mudança climática, mas também está tendo um impacto devastador sobre a vida selvagem ameaçada, as comunidades indígenas e os padrões climáticos do planeta.”

Fonte: Revista Galileu