Pinguim raro é fotografado em ilha próxima da Antártida

Pinguins e lobo-marinhos em Geórgia do Sul (Foto: Wikipedia Commons)
PINGUINS E LOBO-MARINHOS EM GEÓRGIA DO SUL (FOTO: WIKIPEDIA COMMONS)

fotógrafo Jeff Mauritzen capturou imagens de um pinguim-rei com uma rara coloração clara durante uma expedição na Ilha Geórgia do Sul, que fica no Oceano Atlântico, a 2 mil quilômetros de distância da borda sul da América do Sul. Além do animal, o profissional também encontrou dois lobos-marinhos que também tinham suas pelagens em tons claros.

Mauritzen contou ao canal National Geographic que nenhum dos animais sofreu algum prejuízo em função de sua coloração especial e eles não são tratados diferentemente por outros animais do mesmo grupo.

O pinguim-rei apresenta falta de pigmentação parcial das penas e pele, mas, diferentemente do que ocorre com o albinismo, sua condição não afeta os olhos. O animal tem uma mutação em um gene recessivo relacionado à produção de eumelanina, pigmento ligado à coloração preta, cinza e marrom em penas. A mutação só oxida o pigmento parcialmente, tornando-o sensível à luz solar e  “descolorindo” as penas escuras até que elas fiquem mais claras.

 Fotógrafo Jeff Mauritzen capturou imagens de um pinguim-rei com condição genética especial que deixa suas penas mais claras. (Foto: Instagram: Reprodução)
FOTÓGRAFO JEFF MAURITZEN CAPTUROU IMAGENS DE UM PINGUIM-REI COM CONDIÇÃO GENÉTICA ESPECIAL QUE DEIXA SUAS PENAS MAIS CLARAS. (FOTO: INSTAGRAM: REPRODUÇÃO)

Já os dois lobos-marinhos fotografados possuem leucismo, uma condição na qual o corpo não produz melanina e ocasionalmente outros pigmentos, podendo causar diferentes tons de loiro. De acordo com um estudo publicado no jornal Polar Biology, a característica desses lobos-marinhos, apesar de ser rara, é bem menos incomum Ilha Geórgia do Sul, onde foram encontrados: lá, a probabilidade de encontrá-los é de 1 a 400 até 1 a 1,5 mil.

Isso ocorre pois os lobos-marinhos foram caçados em escala massiva no século 20. Pesquisadores apontam que um ou dois exemplares com leucismo sobreviveram, contribuindo para a prevalência dos traços especiais na ilha Geórgia do Sul.

Fonte: Revista Galileu