Tubarões e raias estão sendo estrangulados pelo plástico nos oceanos

Os tubarões também são ameaçados pelos resíduos plásticos nos oceanos (Foto: Pixabay)

OS TUBARÕES TAMBÉM SÃO AMEAÇADOS PELOS RESÍDUOS PLÁSTICOS NOS OCEANOS (FOTO: PIXABAY)

Não são só as tartarugas que estão sofrendo com os resíduos plásticos nos oceanos. Em um estudo publicado na revista Endangered Species Reports, cientistas registraram mais de 1 mil casos documentados de tubarões e raias que se emaranharam em restos de plástico jogados nos oceanos pelos humanos.O mais assustador é que o número real deve ser muito maior, já que este estudo inclui apenas menções documentadas em artigos de periódicos científicos e de outras fontes de informação. 

Apesar de a pesca ainda ser a maior ameaça para os animais, o plástico está colaborando para piorar a situação das espécies. Um exemplo foi relatado por Daniel Abel, biólogo marinho da Coastal Carolina University: durante suas pesquisas em Winyah Bay, na Carolina do Sul, ele encontrou um tubarão que estava enroscado em fios de plástico. Na ocasião, em 2016, o tubarão estava com um corte em volta de seu corpo. “Foi abominável para nós”, diz Abel ao site Live Science.

Mas o caso não é exceção, e Abel tem visto um número crescente de tubarões que carregam sinais de danos causados ​​por resíduos jogados por humanos. O tubarão que Abel trouxe a bordo sobreviveu — a equipe conseguiu libertá-lo do fio que cortava sua pele. Mas, de acordo com Abel, nem todos os tubarões são tão sortudos, e se o animal tivesse ficado mais um ou dois meses com o objeto, ele teria sido cortado até uma morte dolorosa.

Tubarão foi encontrado com plástico que quase o matou (Foto: Daniel Abel)

TUBARÃO FOI ENCONTRADO COM PLÁSTICO QUE QUASE O MATOU (FOTO: DANIEL ABEL)

Mas ainda é possível reverter o problema, segundo Chris Lowe, diretor do Shark Lab da California State University. Com o recente foco em eliminar o plástico de uso único, ele já começou a notar menos acúmulo do material nos oceanos. O problema não irá desaparecer instantaneamente, explica Lowe, mas “se tivermos a vontade, podemos parar com isso”.

Fonte: Revista Galileu