Considerando apenas o mês de julho deste ano, 197 bilhões de toneladas de gelo derreteram na Groenlândia. O último dia do mês foi o pior: 10 bilhões de toneladas da água congelada se transformaram no estado líquido
Segundo o jornal norte-americano The Washington Post, o degelo é um dos piores desde 2012, quando 97% da camada de gelo da Groenlândia apresentou algum grau de derretimento. Em 2019, que está mais quente do que 2012, 56% da camada remanescente de gelo derreteu ao menos 1 milímetro.
No total, o derretimento de julho foi suficiente para elevar a média global do nível do mar em 0,5 milímetro. De acordo com o Post, essa quantidade aparentemente pequena já pode piorar o índice de tempestades que inundam cidades da costa norte-americana.
O degelo, contudo, não é surpresa para os especialistas. Por conta do aquecimento global, a Europa enfrenta um dos verões mais quentes — junho, por exemplo, foi o junho mais quente já registrado na história. Essas mudanças climáticas fazerm os níveis de dióxido de carbono atmosférico crescerem vertiginosamente e atingirem valores jamais vistos nos últimos 800 mil anos na Terra.
Pegando fogo
Incêndios fazem parte do ciclo do carbono e são essenciais para a sobrevivência de ecossistemas em áreas geladas, caso da Groenlândia. Em geral, fenômenos naturais como raios são responsáveis pelo fogo, explicam especialistas.
Mas o aquecimento global acentua a ocorrência de incêncios e prejudica gravemente essas regiões. Em ecossistemas saudáveis, o solo permeado de água pode impedir a propagação de incêndios florestais, mas quando está seco, como é o caso do solo do Ártico por conta do aquecimento, ele se torna altamente inflamável.
De acordo com o Smithsonian, importante instituto científicos dos EUA, esses incêndios liberaram 50 megatoneladas de dióxido de carbono para a atmosfera somente em junho de 2019. Essa quantidade é o equivalente às emissões anuais totais da Suécia, por exemplo.
Fonte: Revista Galileu