O tufão Hagibis causou um rastro de destruição em sua passagem pelo Japão, provocando enchentes e deslizamentos de terra.
Hagibis – que significa “velocidade” em Tagalo, um idioma falado nas Filipinas – é o maior tufão a atingir o país em 60 anos.
O ciclone atingiu a Península de Izu, no sudoeste de Tóquio, pouco antes das 19h hora local (6h de Brasília) no sábado (12/10), antes de se mover para o norte pela costa do país.
As chuvas torrenciais provocaram um aumento no nível de água de vários rios, incluindo o Arakawa, que atravessa a capital japonesa.
Dezenas de milhares de militares e socorristas foram mobilizados pelas autoridades japonesas.
Pelo menos 23 pessoas morreram até agora e 17 continuam desaparecidas, informou a TV pública NHK.
No bairro de Nagano, no centro de Tóquio, a água cercou os famosos trens-bala, enquanto helicópteros retiraram moradores ilhados dos telhados de suas casas.
“O governo fará todo o possível”, disse o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe. Ele prometeu que mais militares serão mobilizados se necessário.
Neste domingo, a tempestade perdeu força e se dirigiu em direção ao mar.
Aproximadamente 150 mil casas na Grande Tóquio estão sem eletricidades e a distribuição de água corrente também foi atingida. Trens e voos foram cancelados por temor de que o tufão volte a ganhar força.
Segundo as autoridades, muitas das mortes ocorreram por soterramentos ou afogamentos.
Uma mulher de cerca de 70 anos morreu depois que acidentalmente caiu durante o resgate realizado por um helicóptero, informou a agência de notícias AP citando bombeiros.
Algumas das áreas do Japão registraram em poucas horas um volume de chuva de 40% da média esperada.
As chuvas torrenciais também atingiram fazendas e inundaram armazéns.
“Nunca tivemos uma enchente como essa antes”, disse à agência de notícias AFP um agricultor que mora a noroeste de Tóquio.
Autoridades japonesas recomendaram que 7 milhões de pessoas deixassem suas casas, mas somente 50 mil permaneceram em abrigos.
No mês passado, outro tufão, o Faxai, causou destruição em partes do Japão, danificando 30 mil casas, muitas das quais ainda não foram reparadas.
Fonte: BBC