5 peixes bizarros que parecem ter saído de um filme de ficção científica

Tubarão-duende (Foto: Dianne Bray / Museum Victoria / Wikimedia Commons)

Os oceanos não raro são chamados a “última fronteira inexplorada” e alguns de seus habitantes, os peixes, estão entre os vertebrados mais esquisitos do planeta. E eles não vivem só nas profundezas ou em água salgada, e são encontrados também em rios e lagoas. Do horripilante tubarão-duende ao pesado peixe-lua, conheça 5 dos peixes mais bizarros:

Tubarão-duende
Raramente encontrado com vida, habita o fundo do mar e já foi encontrado a 1,2 quilômetros de profundidade nos oceanos Pacífico, Índico e Atlântico. Com aparência viscosa, parece um alienígena marinho e é um dos últimos representantes de uma família de tubarões que prosperou no período Cretáceo, há 125 milhões de anos. Apesar da aparência assustadora, é bastante preguiçoso e se alimenta somente de lulas, camarões, polvos e outros moluscos que também habitam no fundo do mar, sem risco para humanos (até porque dificilmente um humano sobreviveria a tamanha profundidade).

Peixe-lua (Foto: Ilse Reijs and Jan-Noud Hutten/Wikimedia Commons)

O peixe-lua é o maior e mais pesado peixe ósseo do mundo, costumando entre 247 quilos e 1 tonelada. A principal característica é o formato achatado, alto e de arredondado — daí o seu nome. Já o nome científico, Mola mola, deriva do latim “mola”, que remete à pedra de amolar, por causa da cor cinza, da textura rugosa e do formato redondo.

Mas são duas peculiaridades que chamam atenção neste peixe bizarro. A primeira é o fato de não terem barbatanas traseiras, locomovendo-se com o movimento das barbatanas laterais e anais, de forma lenta e esquisita. Outro fato interessante é terem sangue quente, o que os torna capazes de manter a temperatura corporal 12ºC acima da temperatura da água. Isso os ajuda a ter mais energia para navegar por centenas de quilômetros de distância.

Os peixes-lua são predadores naturais de pequenos peixes, larvas, moluscos, crustáceos e águas-vivas, mas servem como alimento para leões marinhos, orcas e tubarões. Em regiões como Japão, Coreias e Taiwan, são consumidos como iguaria, e no Brasil está na lista de peixes ameaçados de extinção.

Peixe-pênis

Peixe-pênis (Foto: J. Patrick Fischer/Wikimedia Commons)

O peixe-pênis (Urechis unicinctus) é uma espécie de verme marinho encontrado na costa da China, Coreias e Japão. É um animal de corpo cilíndrico, que mede entre 10 e 30 centímetros de comprimento, com uma cor amarronzada. Os peixes-pênis se alimentam de detritos depositados no fundo do mar ao lançarem, com um movimento para trás, uma rede mucosa que gruda nas paredes da cova. Por uma contração peristáltica, o verme agita a água, fazendo os detritos grudarem na mucosa. Então, ele faz um novo movimento, desta vez para frente, e engole a rede, digerindo o alimento

Como muitos animais marinhos, o peixe-pênis também é uma iguaria na região em que habita. Pela sua semelhança com o órgão genital masculino, acredita-se que ele tenha propriedades afrodisíacas. Na Coreia, por exemplo, é costume comê-lo cru, temperado com sal, óleo de gergelim e molho de pimenta. Seu gosto é salgado e doce ao mesmo tempo, e ele tem uma textura carnuda.

Peixe-bolha

Peixe-bolha (Psychrolutes marcidus) (Foto: CSIRO)

Aparentemente, o peixe-bolha ou peixe-gota (Psychrolutes marcidus) não tem nada de anormal. Vive em águas profundas, entre 600 e 1200 metros, nas costas da Austrália e da Tasmânia, e costuma medir cerca de 30 centímetros. Nessas profundidades, a pressão torna ineficiente o movimento de impulsão das bexigas natatórias. Em vez disso, para se manter flutuando acima do fundo do mar, a carne dos peixes-bolha é gelatinosa, com uma densidade próxima da água.

O que torna os peixes-bolha bizarros é a aparência quando são trazidos à superfície. Por causa da musculatura gelatinosa, na pressão do nível do mar eles acabam ficando flácidos, assumindo uma feição quase humana e ao mesmo tempo grotesca.

Peixe com cara de gente

Peixe viralizou nas redes sociais por ter machas que se assemelham ao rosto humano (Foto: Reprodução)

Em 2019, um animal misterioso agitou um povoado na China e, posteriormente, as redes sociais. Um vídeo amador feito por um turista na cidade de Kunming mostrou um peixe com feições humanas subindo à superfície de um lago. Tão rápido, a internet começou com as teorias da conspiração: seria o peixe humano fruto de uma mutação genética causada por poluição ou radiação?

A resposta surgiu dias depois e foi mais simples do que esperado. O peixe humano na verdade era uma simples carpa-fantasma, uma variedade de carpa (Cyprinus carpio) ornamental obtida através de cruzamentos. As feições humanas nada mais eram do que as manchas na pele do peixe, que formam padrões complexos.

Fonte: Revista Galileu