Dois fortes tremores, de magnitude entre 5 e 5,5 na escala Richter, sacudiram Zagreb neste domingo (22/03), causando diversos feridos, danos a edifícios e pânico na cidade, em meio a um período de confinamento determinado pelo governo croata por causa da crise de coronavírus. As autoridades pediram à população que não se reúna em grupos.
O primeiro tremor, o mais forte, ocorreu por volta das 6h30 (horário local). Outro aconteceu cerca de uma hora depois, seguido por outras réplicas de menor intensidade. Milhares de pessoas deixaram os edifícios rapidamente para se reunir nas ruas, incluindo pacientes de hospitais que estão em tratamento devido à covid-19.
A torre da catedral no centro histórico de Zagreb e as fachadas de vários edifícios foram danificadas pelo abalo. Segundo o serviço de proteção civil, vários ficaram feridos, incluindo uma adolescente de 15 anos, hospitalizada em estado grave.
O Exército foi enviado imediatamente às zonas mais afetadas para remover os destroços, enquanto que especialistas em estática e arquitetos avaliavam construções, incluindo o edifício do Parlamento, que foi interditado. Várias áreas da capital ficaram sem eletricidade.
De acordo com o Centro Sismológico Euro-Mediterrânico (C-SEM), o epicentro do sismo foi localizado a cerca de 7 quilômetros ao norte de Zagreb e a uma profundidade de 10 quilômetros. Os tremores foram sentidos no sul da Áustria e na Eslovênia.
O primeiro-ministro croata e que atualmente exerce a presidência rotativa da União Europeia (UE), Andrej Plenkovic, disse que o terremoto “foi o mais grave na Croácia nos últimos 140 anos”.
O ministro do Interior croata, Davor Bozinovic, pediu à população que permaneça nas ruas, mas evite se reunir em grupos, para não facilitar a disseminação do coronavírus, responsável por 235 contágios confirmados e uma morte na Croácia. “Mantenham distância. Não se agrupem. Estamos enfrentando duas crises graves, o terremoto e a epidemia”, disse ele.
A cerca de 50 quilômetros a noroeste de Zagreb se encontra a usina nuclear de Krsko, que funciona desde 1981 no território da vizinha Eslovênia, operada em cooperação com a Croácia. Segundo a agência de notícias eslovena STA, a central não sofreu danos, mas técnicos irão realizar avaliações adicionais nas instalações.
Fonte: Deutsche Welle