Depois de meses de pausa devido à pandemia de covid-19, o Egito apresentou neste sábado (03/10) a primeira grande descoberta arqueológica dos últimos meses: 59 sarcófagos de madeira em perfeitas condições com múmias que datam de 2,6 mil anos atrás. De acordo com os pesquisadores, os caixões, encontrados na necrópole de Saqqara, pertencem a sacerdotes e oficiais.
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Os sarcófagos foram descobertos em agosto na necrópole, localizada ao sul do Cairo, e estavam enterrados em três tumbas verticais de 10 a 12 metros de profundidade juntamente com 28 estátuas do antigo deus egípcio Ptah Sokar, uma das divindades funerárias mais importantes.
”Considero esse o começo de uma grande descoberta”, afirmou o ministro do Turismo egípcio, Khalid el-Anany.
Segundo o secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades, Mustafa Waziri, os sarcófagos pertencem à dinastia 26 do Período Tardio (664 a.C. a 525 a.C.), a última antes da conquista persa. As peças preservam ainda a cor original e teriam sido protegidas de reações químicas devido a um selo protetor.
As múmias, apresentadas ao público presente no evento, estavam cobertas de tecidos e ornamentos de ouro em perfeito estado. De acordo com Waziri, elas pertencem a sacerdotes e oficiais do alto escalão do Antigo Egito que viviam na antiga capital Memphis.
Descoberta incomum
A descoberta é incomum na região onde costumam ser encontrados animais mumificados. Waziri afirmou ainda que a tumba possui outros sarcófagos que não foram retirados do local
Ativa desde 2018, a missão arqueológica por trás da descoberta já encontrou uma tumba bem preservada da quinta dinastia real, chamada Wahtye, e também vários animais mumificados, sendo os mais raros besouros e filhotes de leão. Devido à pandemia, as escavações foram suspensas e retornaram há apenas dois meses.
Nos próximos meses, autoridades egípcias esperam encontrar dezenas de outros sarcófagos, além de relíquias, nesses cemitérios verticais, que possuem diferentes níveis e podem chegar a 12 metros de profundidade.
As múmias serão expostas no Grande Museu Egípcio, que será inaugurado em 2021, próximo as pirâmides de Gizé.
Fonte: Deutsche Welle