Doze madeireiras tiveram as atividades suspensas e R$ 114 milhões, oriundos da extração ilegal de madeira em Terra Indígena, foram bloqueados pela 3ª Vara da Justiça Federal. As interdições das serrarias aconteceram durante a segunda fase da Operação Êxodo, deflagrada pela Polícia Federal (PF) em Rondônia nesta quarta-feira (25).
Além dos bloqueios e suspensão das atividades de empresas madeireiras, a justiça autorizou a prisão preventiva de um dos comerciantes investigados. Isso porque depois da primeira fase da Êxodo, o suspeito voltou a cometer ilícitos ambientais, segundo a PF.
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Conforme a PF, o montante bloqueado é de cerca de R$ 6 milhões para cada uma das 12 empresas e para 7 das pessoas físicas investigadas.
O objetivo da nova fase da operação da PF foi para desarticular uma organização criminosa atuante na exploração ilegal de madeiras oriundas de Terras Indígenas de Rondônia, em especial da TI Tubarão-Latundê, no município de Chupinguaia (RO). A ação tem apoio também da PM-RO, Ibama Funai.
Durante a investigação, a PF afirma ter descoberto constantes fraudes que tentavam “dar aparência lícita aos produtos florestais explorados ilegalmente”.
Além do desmatamento das áreas de preservação, o grupo investigado também fazia inserção de dados falsos em sistemas, falsidade ideológica, lavagem de capitais e organização criminosa. O dano ambiental apurado supera o valor de R$ 50 milhões.
Primeira fase da Êxodo
A Êxodo foi iniciada em julho de 2020. Na ocasião, cerca de 90 policiais deram cumprimento a sete mandados de prisão temporária e 32 mandados de busca e apreensão, com diligências em diversas cidades de Rondônia, incluindo Vilhena, Chupinguaia, Espigão do Oeste, Ji-Paraná, Cacoal, Colorado do Oeste e Pimenta.
O objetivo foi prender integrantes de uma organização criminosa responsável pela exploração ilegal de madeiras de Terras Indígenas.
Fonte: G1