SANEPAR INDUZ CHUVAS PARA MINIMIZAR CRISE HÍDRICA NA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA

Até o momento, foram provocadas de forma artificial 12 chuvas na região das bacias hidrográficas de contribuição das barragens do Sistema de Abastecimento Integrado de Curitiba e Região Metropolitana (SAIC).

A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) contratou serviços aéreos especializados de indução de chuvas localizadas com semeadura de nuvens. O trabalho é realizado na região das bacias hidrográficas de contribuição das barragens do Sistema de Abastecimento Integrado de Curitiba e Região Metropolitana (SAIC).

Foto: Emerson Guidolin/RIC Record TV

De acordo com o órgão, a iniciativa faz parte do conjunto de ações para mitigar o efeito da crise hídrica e que já reúne mais de 20 intervenções, entre elas a busca de água em pedreiras, que chegou a ser chamada como “ação para tirar água de pedra”.

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A primeira chuva induzida ocorreu em 9 de dezembro sobre a Bacia do Passaúna. O processo, chamado de semeadura de nuvens, provocou até o momento 12 chuvas.

Como funciona a semeadura de nuvens

A semeadura é feita por um avião que, ao sobrevoar uma nuvem promissora, faz a pulverização de gotículas de água potável de diâmetro controlado. Essas gotículas se somam às gotas já existentes dentro da nuvem, que ganham massa e se precipitam em forma de chuva, no local de interesse.

O processo faz parte de um projeto de pesquisa e inovação da Sanepar que será desenvolvido até maio deste ano em Curitiba e região metropolitana e inclui o monitoramento e a quantificação das precipitações. A partir dos resultados finais, a Sanepar terá condições de definir se é um método viável para ser replicado em situações semelhantes de crise hídrica e em outras regiões do estado.

Ainda conforme a Sanepar, a semeadura das nuvens é realizada empresa Modclima Serviços Aéreos Especializados, Pesquisa e Desenvolvimento Ltda., que já realizou os mesmos serviços para outras companhias de saneamento, como a Sabesp (SP) e a Copasa (MG), e também pelo setor agrícola, nas regiões de Toledo e Cianorte, em outros estados brasileiros e até no Gabão, na África.

Fonte: RIC Mais