Os Estados Unidos se reintegraram oficialmente ao Acordo de Paris sobre o clima nesta sexta-feira (19), o que marca a retomada da Casa Branca nos esforços mundiais de combate às mudanças climáticas.
A volta ocorre quase um mês depois da posse do presidente Joe Biden, eleito com a promessa de reduzir as emissões de gases estufa no país e de combater as mudanças climáticas em parceria com outros países. No mesmo dia em que chegou à Casa Branca, o democrata anunciou o retorno dos EUA ao Acordo de Paris.
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Biden prometeu traçar uma rota para zerar as emissões norte-americanas até 2050. Cientistas disseram que esta meta está alinhada ao que é necessário, mas também enfatizaram que as emissões mundiais precisam cair pela metade até 2030 para se evitar os impactos mais devastadores do aquecimento global.
Desde que quase 200 países assinaram o pacto de 2015 para evitar a mudança climática catastrófica, os EUA foram o único a sair. O ex-presidente Donald Trump alegou que o acordo sairia cara demais para os americanos, com cortes nos postos de trabalho.
Biden também já assinou mais de uma dúzia de decretos relacionados à mudança climática e mobilizou todas as agências federais para que ajudem a moldar a reação do governo.
Apesar do entusiasmo com a volta dos EUA às negociações mundiais, negociadores climáticos dizem que o caminho à frente não será fácil. As metas climáticas de Biden enfrentam desafios políticos nos EUA, a oposição de empresas de combustíveis fósseis e alguma preocupação de líderes estrangeiros com o vaivém norte-americano nas diretrizes para o clima.
Encontro virtual
O enviado dos EUA para o clima, John Kerry, participa de eventos virtuais nesta sexta-feira para assinalar a volta dos EUA, aparecendo com os embaixadores do Reino Unido e da Itália, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, e o enviado dos esforços climáticos da ONU, Michael Bloomberg.
Kerry e a conselheira nacional climática de Biden, Gina McCarthy, estão elaborando novos regulamentos e incentivos com o objetivo de acelerar a produção de energia limpa e a transição dos combustíveis fósseis.
Estas medidas formarão a espinha dorsal da próxima meta de redução de emissões de Washington, ou Contribuição Determinada Nacionalmente, anunciada antes de uma cúpula climática global de líderes que Biden presidirá em 22 de abril. A próxima conferência climática da ONU está marcada para Glasgow, na Escócia, em novembro.
Fonte: G1