Biden revoga veto de Trump a solicitantes de green card

Para impedir entrada de imigrantes, ex-presidente alegou suposto risco para o mercado de trabalho em meio à crise econômica desencadeada pela pandemia de coronavírus.

Biden diz que impedir a entrada de imigrantes prejudica a indústria dos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, revogou nesta quarta-feira (24/02) decisões de seu antecessor, Donald Trump, vetando a entrada no país de solicitantes de green card por serem considerados “risco para o mercado de trabalho”, incluindo aqueles que se beneficiaram da loteria de vistos e parentes de residentes permanentes ou de cidadãos americanos.

Biden reverteu com efeito imediato a decisão de Trump anunciada em 22 de abril do ano passado. O republicano alegou que a medida era necessária para proteger os trabalhadores dos EUA em meio à alta do desemprego devido à pandemia do coronavírus. A decisão de Trump fora prorrogada em junho e depois em 31 de dezembro.

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Porém, Biden considerou que impedir a chegada dessas pessoas não reflete os interesses dos EUA. Ao contrário, segundo ele, prejudica o país inclusive ao impedir que americanos se reúnam com seus familiares.

“(A decisão de Trump) Também prejudica as indústrias americanas que utilizam talentos de todo o mundo e prejudica os indivíduos que foram selecionados para receber a oportunidade de solicitar, e aqueles que também receberam, vistos de imigrantes através da Loteria de Vistos de Imigração para Diversidade do Ano Fiscal 2020”, acrescenta a decisão.

Além de anular a medida do antecessor, Biden ordenou aos secretários de Estado, Trabalho e Segurança Nacional que revisem quaisquer regulamentos, ordens, documentos de orientação, políticas e quaisquer outras ações similares desenvolvidos sob a decisão revogada de Trump e, se for o caso, emitam disposições revisadas de acordo com a política do governo atual.

Em outubro, um juiz federal na Califórnia já havia bloqueado a proibição de Trump a trabalhadores estrangeiros convidados por empresas, o que afetou centenas de milhares de companhias americanas, que recorreram aos tribunais contra a medida.

Fonte: Deutsche Welle