Durante o 36º Simpósio Espacial, que está acontecendo desde o dia 23 e vai até esta quinta-feira (26) na cidade de Colorado Springs, nos EUA, a empresa japonesa ispace, com sede em Tóquio, anunciou seu módulo lunar robótico Série 2.
Segundo o site Space.com, a espaçonave de 2,7 metros de altura, que pode transportar 500 kg de carga útil para a superfície lunar, está programada para estrear em 2024, na terceira missão lunar da ispace.
“Ao olharmos para o futuro próximo, a Série 2 nos permitirá não apenas aumentar nossas capacidades, mas também fornecer maior acesso e oportunidades para nossos clientes”, disse o fundador e CEO da ispace, Takeshi Hakamada, em comunicado. “A Série 2 é um passo positivo para a concretização de um ecossistema cislunar diversificado e sustentável”.
Módulo lunar da ispace será lançado em um foguete Falcon 9 da SpaceX
Antes disso, a primeira missão lunar da ispace está programada para ser lançada no próximo ano em um foguete SpaceX Falcon 9. Nesse voo, um módulo de pouso da série 1 da ispace entregará à superfície lunar o rover Rashid dos Emirados Árabes Unidos, além de uma série de outras cargas úteis para uma variedade de clientes.
Segundo representantes da empresa, o módulo de pouso para essa missão está atualmente passando pela montagem final em uma instalação na Alemanha. A ispace tem como meta lançar sua segunda missão lunar, que também deve voar em um Falcon 9, no ano de 2023.
Em seguida, será a vez do módulo de Série 2, que a ispace planeja desenvolver em parceria com as empresas americanas de tecnologia General Atomics e Draper. O trabalho já está em andamento: ele passou por uma importante revisão preliminar em junho.
A Série 2 “tem um design modular com vários compartimentos de carga útil, permitindo flexibilidade e otimização para uma gama mais ampla de clientes governamentais, comerciais e científicos”, informaram representantes da ispace.
“Notavelmente, o módulo de Série 2 pretende ser uma das primeiras sondas comerciais capazes de sobreviver à noite lunar e foi projetada para ter a capacidade de pousar no lado próximo ou distante da lua, incluindo regiões polares”, acrescentaram.
Explorar regiões polares da Lua é importante para a Nasa
As regiões polares são de grande interesse para a Nasa, que está trabalhando para estabelecer uma presença humana permanente e sustentável na Lua por meio de seu programa Artemis.
Isso porque se acredita que o solo permanentemente sombreado de muitas crateras polares abrigue enormes quantidades de gelo de água, um recurso crucial para o desenvolvimento lunar.
A Nasa planeja enviar uma variedade de hardwares científicos e tecnológicos para a lua a bordo de uma espaçonave comercial robótica nos próximos anos para ajudar no ambicioso esforço de Artemis. E a ispace espera que a Série 2 seja uma opção atraente para a agência espacial.
“Nos próximos meses, trabalharemos em estreita colaboração com a Draper e a General Atomics para nos prepararmos para a próxima ordem de tarefa de Serviços de Carga Útil Lunar Comercial (CLPS) da NASA”, disse Kyle Acierno, CEO da ispace US, uma subsidiária com sede em Denver que a empresa estabeleceu no ano passado. “Com quase 30 membros da equipe [na ispace US], continuamos a crescer nos EUA e estamos focados em ampliar nossa colaboração com parceiros americanos”.
Fonte: Olhar Digital