A britânica Acua Ocean, especializada em energia limpa marítima, está trabalhando em um navio totalmente movido a hidrogênio e dotado de tecnologia autônoma de navegação, que está a alguns poucos anos da implantação. Agora, a startup ganhou mais um impulso para o desenvolvimento desta embarcação de superfície não tripulada (Unmanned Surface Vessel, H-USV).
Uma aprovação em princípio (AiP) foi emitida ao navio pela sociedade de classificação Lloyd’s Register (LR) do Reino Unido para seu sistema de hidrogênio, sistema de engenharia de controle e sistemas de distribuição de energia elétrica. Tudo para operar em uma gama de missões, desde coleta de dados ambientais até tarefas de monitoramento e segurança, sem emissões nocivas.
Viajando até 60 dias à base de hidrogênio
Em uma configuração de Navio de Superfície Autônomo Marítimo (MASS, na sigla em inglês), o veículo da Acua Ocean está sendo projetado para receber 6.000 litros de hidrogênio líquido. As estimativas da startup são de que a embarcação seja capaz de viajar entre 40 a 60 dias em uma velocidade de até 7,4 km/h (4 nós).
Sua capacidade de carga útil é de 4.500 kg, com o navio usando hidrogênio em vez de combustível convencional e reduzindo as emissões de CO2 durante as operações em 99%. Algo particularmente importante para os interesses britânicos no compromisso de mudança climática da Estratégia Marítima do Reino Unido para propulsão de emissão zero até 2025.
Em termos de design, a Acua Ocean destaca os trabalhos de John Kecsmar, da Ad Hoc Marine Designs. Por sua vez, a tecnologia de automação oferece recursos como análise de dados, tomada de decisões em tempo real, além de detecção de ameaças.
Os sistemas protótipos foram submetidos a testes de aceitação de fábrica no início deste ano, como parte de uma competição tecnológica do Reino Unido, e a startup continuou a desenvolver a automação de seus sistemas de hidrogênio a bordo por meio de uma bolsa de inovação. Em seu planejamento, a Acua Ocean pretende iniciar outros testes para o protótipo em 2023, demonstrações de enxames em 2024 e implantação até 2025.
Fonte: Olhar Digital