Após caso de estudante picado por naja, Proteção Animal Mundial alerta: é uma bomba-relógio para doenças infecciosas e mortais.
O recente caso ocorrido no Distrito Federal, no qual um estudante de veterinária foi picado por uma serpente exótica que mantinha em sua casa como animal de estimação trouxe de volta o debate sobre os riscos da criação de animais silvestres.
Prática comum no mundo todo, ainda que inaceitável para os padrões de bem-estar animal, o comércio de serpentes representa 20% da venda global de animais exóticos. Contudo, as péssimas condições de confinamento tornam este tipo de comércio uma bomba-relógio para doenças infecciosas e mortais.
Para falar sobre o assunto, a Proteção Animal Mundial, organização não-governamental que trabalha pelo bem-estar animal, promove no próximo dia 16 de julho (quinta-feira), um debate on-line sobre o comércio global da serpente Píton Bola – animal mais legalmente exportado por países da África – e como o mercado de animais silvestres está conectado com o risco iminente de novas pandemias como a do Covid-19.
A discussão terá como base o documentário “Animal Silvestre Não É Pet: Pítons Bola”, que mostra o repugnante comércio de répteis nos Estados Unidos e como essas espécies são extraídas da natureza em países africanos.
Roberto Vieto e Edith Kabesiime, gerentes globais de vida silvestre na Proteção Animal Mundial, junto com Aaron Gekoski, jornalista ambiental e Will Foster-Grundy, diretor do documentário, irão debater o comércio e tráfico de animais exóticos no mundo. A moderação fica por conta de Cassandra Koenen, líder do programa de vida silvestre na organização não-governamental.
O webinar será todo em inglês. Para participar, basta acessar este link e fazer a inscrição. Serão abertos dois horários para o Brasil: Às 8h e ao meio-dia, ambos no dia 16 de julho.
Fonte: Terra